STF autoriza inquérito contra Luciano Bivar por supostas ameaças a inimigo político
Com a decisão do ministro Nunes Marques, a Polícia Federal deve investigar crimes atrelados à disputa com Antônio Rueda pelo comando do partido União Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal Nunes Marques autorizou, nesta quinta-feira (11), a abertura de inquérito para a Polícia Federal investigar o deputado federal e ex-presidente do União Brasil Luciano Bivar (PE). O novo presidente da sigla, Antônio Rueda, afirma ter sido ameaçado de morte por Bivar em decorrência de disputas políticas. Ele acusa ainda o rival de ter encomendado um incêndio que destruiu duas casas da família.
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Foro privilegiado
A abertura de inquérito na PF foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Rueda registrou a representação criminal de ameaça na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso subiu ao STF porque, como deputado federal, Luciano Bivar tem foro privilegiado. Nunes Marques determinou também o segredo de justiça.
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Incêndio criminoso
Além as supostas ameaças de morte, Rueda afirma que Bivar pode estar por trás do incêndio que destruiu duas casas da família dele, no litoral de Pernambuco. Advogados de Rueda alegam haver indícios suficientes da participação de Bivar no incêndio. Uma das casas é do próprio Antônio Rueda. A outra é da irmã dele, Maria Emilia de Rueda, atual tesoureira do União Brasil. Os imóveis estavam vazios. Não houve feridos.
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Disputa política
Antônio Rueda e Luciano Bivar já vinham disputando o comando do União Brasil, criado em 2022 a partir da fusão do DEM com o PSL. Rueda foi eleito presidente do União em fevereiro. Ele tomaria posse em maio, após o encerramento do mandato de Luciano Bivar, o presidente do partido até então. A posse, no entanto, foi antecipada, pois o partido decidiu afastar Bivar da presidência, por causa das suspeitas de envolvimento nas ameaças de morte e no incêndio.