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União Brasil afasta Luciano Bivar da presidência do partido

Deputado deixa o comando da legenda após avanço de disputas internas

União Brasil afasta Luciano Bivar da presidência do partido
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Em meio a uma crise interna que escalou nos últimos meses, o União Brasil decidiu afastar Luciano Bivar da presidência do partido. A opção foi confirmada nesta quarta-feira (20), em uma reunião da Executiva partidária. A medida vale de forma temporária, mas deve se estender até a troca oficial de comando da legenda, prevista para junho.

+ Falta de diálogo em decisões, brigas internas e ameaças; entenda a crise do União Brasil

A presidência agora fica com Antônio de Rueda, atual vice e eleito para suceder Bivar na presidência. A decisão para afastar Bivar da posição se deu por 11 votos a favor, cinco contra e uma abstenção, e responde a pedidos apresentados junto ao conselho de ética do partido, que questionaram a condução da legenda e supostas ameaças proferidas por Bivar contra Rueda.

Conforme apurou o SBT News, a defesa de Bivar tentou adiar a reunião desta quarta-feira, além de impedir que envolvidos em situações, como o próprio Rueda, votassem no caso. Os pedidos não foram atendidos, e o próprio Rueda está entre os que votaram para afastá-lo da presidência da sigla. A legenda ainda avalia uma possível expulsão partidária, em um desdobramento que poderá avançar nos próximos meses.

O ex-prefeito de Salvador e agora vice-presidente do partido, ACM Neto, detalha que a conduta de Bivar será avaliada de maneira conclusiva em até 60 dias. E que os caminhos disponíveis são: a não aplicação de qualquer pena, de forma que ele possa encerrar o período na presidência do partido; a manutenção do afastamento de Bivar do comando partidário; ou a expulsão.

"A grande maioria compreendeu, acompanhando o voto da senadora professora Dorinha [que apresentou o pedido], que a destituição da presidência seria neste momento a medida mais adequada. E que a expulsão, que pode acontecer ou não, seria uma pena mais apropriada depois que o processo fosse todo esgotado com o direito a ampla defesa, contraditório e manifestação plena do deputado Luciano Bivar", afirmou.

Nos bastidores, a expectativa é que Bivar não volte à presidência do partido. Alguns nomes da legenda defendem, ainda, a expulsão -- mas o movimento depende do desdobramento de investigações. Caso a penalidade seja aplicada, a indicação é de que ele também perca o cargo que tem atualmente na Mesa Diretora da Câmara, onde é primeiro-secretário.

Por meio de nota, a defesa de Bivar afirma que a decisão do partido não foi parcial. O texto lista questionamentos ao processo de afastamento e sustenta que houve interesse pessoal de nomes ligados à Executiva. "A Assessoria Jurídica irá analisar todas as medidas administrativas e judiciais que o caso requer e oportunamente serão divulgadas", diz trecho da manifestação.

"O senhor Antônio de Rueda e a Sra. Maria Emília de Rueda, além de possuírem manifesto interesse direto no resultado da representação, propriamente, para promover a destituição do Sr. Luciano Caldas Bivar do cargo de Presidente da Comissão Executiva Nacional do União Brasil, e, consequentemente, assumir a presidência do partido, também detêm iminente litígio judicial com o representado, Luciano Caldas Bivar, o que, inevitavelmente, expõe, de forma induvidosa, que não possuem imparcialidade e isenção de interesses pessoais para participarem da votação, decorrendo, portanto, absoluto impedimento para que participassem deste julgamento", aponta em outro momento.
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