Secretaria do Consumidor cobra esclarecimentos da Gol sobre a morte do cão Joca

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou, na terça-feira (23), a companhia Gol Linhas Aérea S.A. O órgão, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deu prazo de dois dias, a contar da data da notificação, para que a empresa preste esclarecimentos sobre a morte do cão Joca.

+ Joca: Polícia vai investigar morte de cachorro embarcado em voo errado da Gol

Um dos esclarecimentos exigidos é sobre a metodologia e a política de transporte de animais pela companhia, além de informações sobre os procedimentos de reparação de danos no caso de Joca. Na notificação, a Senacon esclarece que a exigência é parte do dever do órgão de proteger os direitos dos consumidores.

+ Caso Joca: Gol não tinha veterinário para avaliar se cachorro podia pegar avião de novo, diz tutor

“Uma situação dessa necessita da apuração em detalhes e não pode passar em branco. Não podemos aceitar que tais situações continuem acontecendo”, afirmou o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous. A Senacon anunciou que vai pedir à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para participar e acompanhar todos os procedimentos que serão instaurados sobre o caso.


Entenda o caso

O tutor, João Fantazzini, estava se mudando para Mato Grosso e embarcou para Sinop (MT) com o intuito de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Mas, ao desembarcar, foi informado de que o animal, que estava em uma caixa de transporte, havia sido levado por engano para Fortaleza. A viagem, que deveria levar até duas horas e meia, demorou quase oito horas, contando o tempo em que o cão foi enviado de volta para São Paulo, de onde ele e o tutor haviam saído.

+ Após morte de Joca, Gol suspende transporte de cães e gatos por 30 dias

Joca, da raça Golden Retriever, passou todo esse tempo dentro de uma caixa de transporte. Durante a espera, no aeroporto de Fortaleza, ficou cerca de 1h30 na pista de embarque e desembarque. A temperatura na cidade estava em 36°C naquele momento. A família de Fantazzini conta que o cachorro ficou sem comida durante o período.

Quando Fantazzini retornou a São Paulo, foi recebido por um funcionário da Gol, que disse que Joca não “se sentiu bem” durante voo e que um veterinário havia sido acionado pela companhia. Quando se aproximou da caixa de transporte, Fantazzini encontrou Joca já estava sem vida.