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Gaúchos são obrigados a ir trabalhar em áreas inundadas, diz Ministério Público

Além de ter perdido móveis, bens e casas e vivendo em abrigos, eles precisam se preocupar com uma espécie de “negociação” com os patrões

Gaúchos são obrigados a ir trabalhar em áreas inundadas, diz Ministério Público
Corredor humanitário no Centro Histórico de Porto Alegre | Alex Rocha/PMPA
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Em meio à tragédia que assola o Rio Grande do Sul, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu denúncias de irregularidades trabalhistas.

São pelo menos 60 denúncias, desde o início do mês, envolvendo empresas que obrigam os funcionários a comparecer ao emprego em áreas inundadas, ou permanecendo nesses locais, alojados nos próprios estabelecimentos.

As denúncias no MPT representam quase 30% do total recebidas no mês de maio. Na região metropolitana de Porto Alegre, o montante chega a 80%.

Os moradores afirmam que, além de ter perdido móveis, bens e casas, estando desalojadas em abrigos, precisam se preocupar com uma espécie de “negociação” com os patrões para não comparecerem aos locais de trabalho.

Muitos estão impossibilitados de ir ao trabalho por estarem em áreas inundadas ou por ter que fazer grandes desvios e deslocamentos, tornando a situação inviável. O MPT afirmou que está atento às denúncias que chegam diariamente.

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