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Mais de 614 mil pessoas ainda estão fora de casa no Rio Grande do Sul

Tragédia climática já causou 149 mortes e deixou 108 desaparecidos; mais de 253 mil casas estão sem energia elétrica

Mais de 614 mil pessoas ainda estão fora de casa no Rio Grande do Sul
Abrigo no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE) em Porto Alegre | Jürgen Mayrhofer/Governo do Estado do RS
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Mais de 614 mil pessoas seguem fora de suas casas por causa das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul há três semanas. 76.580 delas estão em abrigos e outras 538.245 estão desalojadas (na casa de parentes ou amigos), segundo boletim divulgado pela Defesa Civil estadual nesta quarta-feira (15).

A tragédia climática que afetou o estado já causou 149 mortes e deixou 108 desaparecidos. 806 pessoas ficaram feridas.

2.144.124 pessoas e 452 cidades foram afetadas pelas enchentes e alagamentos. 76.588 pessoas e 11.427 animais foram resgatados.

340 embarcações, 45 aeronaves, 4,4 mil viaturas e um efetivo de mais de 27 mil agentes de forças de resgate já foram utilizados desde o início das chuvas.

253.839 casas estão sem energia elétrica, de acordo com boletim de infraestrutura do Governo do Estado apresentado na manhã desta quarta. 136.382 clientes também estão sem abastecimento de água. Veja abaixo outros dados divulgados pelo governo gaúcho:

Escolas estaduais

Dados das escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte, com problema de acesso e outros):

  • 1.064 escolas
  • 249 municípios
  • 29 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs)
  • 377.442 estudantes impactados
  • 542 escolas danificadas com 221.955 estudantes matriculados
  • 113 escolas servindo de abrigo

Rodovias

De acordo com informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), há 93 trechos em 49 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.

Estradas foram completamente destruídas pelas chuvas | Mauricio Tonetto/ Secom
Estradas foram completamente destruídas pelas chuvas | Mauricio Tonetto/ Secom

Rios

Às 7h desta quarta-feira (15), os níveis dos rios foram registrados assim:

  • Lago Guaíba, em Porto Alegre – 5,21 metros (cota de inundação: 3,00 m)
  • Rio dos Sinos, em São Leopoldo – 6,98 metros (cota de inundação: 4,50 m)
  • Rio Gravataí, em Passo das Canoas – 5,83 metros (cota de inundação: 4,75 m)
  • Rio Taquari, em Muçum – 8,21 metros (cota de inundação: 18,00 m)
  • Rio Caí, em Feliz – 3,84 metros (cota de inundação: 9,00 m)
  • Rio Uruguai, em Uruguaiana – 11,45 metros (cota de inundação: 8,50 m)
  • Lagoa dos Patos, em São Lourenço do Sul – 2,60 metros (cota de inundação: 1,30 m)

Manhã gelada

O Rio Grande do Sul amanheceu gelado nesta quarta. Assim como previsto pela MetSul, o ar de origem polar avançou sobre o estado e fez os termômetros baixarem a 10 °C na maioria das cidades, provocando geadas em áreas sob enchentes. Na região da Campanha e na fronteira com o Uruguai, a temperatura chegou a 1 °C.

O frio deve ser ainda maior durante a madrugada, já que o tempo aberto e vento mais calmo vão proporcionar um maior resfriamento noturno. A previsão é que as mínimas fiquem ao redor e abaixo de 5 °C nos municípios gaúchos durante a noite. Marcas abaixo de 0 °C, por sua vez, são esperadas nos Aparados da Serra.

Cuidados durante o frio

Como muitos municípios permanecem ilhados, autoridades alertam para o risco de hipotermia – quando a temperatura do corpo se encontra abaixo dos 35 °C – para aqueles que estiverem expostos e sem proteção. A principal e única causa da hipotermia é a longa exposição ao frio intenso.

Se a temperatura do corpo estiver entre os 33 °C e os 35 °C, aparecerão tremores leves e dormência nas mãos e nos pés. Entre 30 °C e 33 °C, os tremores passam a ser mais intensos, acompanhados de dificuldade de controlar os movimentos. Já abaixo dos 30 °C, há perda total dos membros, respiração comprometida e pupilas dilatadas.

O tratamento da hipotermia é aquecer o organismo imediatamente. Portanto, deve-se chamar uma ambulância, fornecer uma bebida quente, cobrir a pessoa com cobertores e mantas térmicas, principalmente nas extremidades, e retirar qualquer roupa molhada.

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