Reintegração de posse tem confronto e deixa 180 famílias desalojadas em Guarulhos
Moradores ergueram barricadas para resistir à ação policial; creche do bairro foi fechada devido à fumaça
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Marcelo Bittencourt
Uma operação da Polícia Militar para cumprir uma determinação judicial de reintegração de posse em Guarulhos (SP) terminou em confronto entre os agentes e os moradores da ocupação na manhã desta segunda-feira (24). Cerca de 180 famílias foram retiradas da área, o que gerou tensão e resistência por parte dos ocupantes.
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Desde as primeiras horas da manhã, a PM chegou ao local para executar a decisão da Justiça. Em resposta, os moradores ergueram barricadas e atearam fogo em objetos para impedir o avanço dos policiais. O conflito se intensificou, e a fumaça dos bloqueios atingiu uma creche próxima, forçando seu fechamento por questões de segurança.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas de correria e tensão, com agentes utilizando bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Algumas pessoas contaram o uso de balas de borracha durante a ação.
As famílias despejadas alegam que não receberam aviso prévio suficiente e que não têm para onde ir. Os representantes da ocupação alegaram que a área estava abandonada e a vinha era utilizada para moradia há anos. Já a Justiça argumenta que o terreno pertence a uma empresa privada e que a decisão de reintegração foi tomada após uma longa disputa judicial.
Equipes de assistência social do município serviriam no local para oferecer suporte às famílias desalojadas, mas muitos moradores criticavam a falta de alternativas habitacionais. “Estamos sem rumores. Não temos para onde ir com nossos filhos”, lamentou uma moradora que preferiu não se identificar.
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A Prefeitura de Guarulhos a reintegração acontece em um terreno particular e que não foi oficiada sobre a reintegração, que estaria marcada para o dia 11 de março. E que atua no caso com equipes da Defesa Civil, da Secretaria de Administrações Regionais, da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social e da Guarda Civil Municipal, que também foi acionada. A Polícia Militar reforçou o efetivo na região para evitar novos conflitos.