Professores de Belo Horizonte decidem manter greve mesmo após decisão judicial
Trabalhadores da Rede Pública da capital mineira cruzaram os braços na quinta-feira (15) passada
Os trabalhadores da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte decidiram manter a greve iniciada na última quinta-feira (15), conforme anunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SindRede-BH). A decisão ocorre mesmo após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinar, neste sábado (17), a suspensão imediata da paralisação.
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Em comunicado divulgado nas redes sociais, o sindicato reafirmou seu compromisso com o cronograma de mobilização. Na segunda-feira (19), está programada uma vigília em frente à Prefeitura de BH. Já na terça-feira (20), a categoria realizará uma assembleia para discutir os rumos da greve.
A decisão liminar do desembargador Wilson Benevides foi motivada pela alegação da Procuradoria-Geral do município de que a greve começou de forma ilegal, pois o SindRede-BH não estabeleceu a continuidade dos serviços com um número mínimo de profissionais. O desembargador determinou uma multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento, e a Prefeitura de BH deverá descontar os dias não trabalhados dos profissionais.
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Em resposta, o sindicato anunciou que irá recorrer da decisão. Em comunicado, afirmou:
“O Departamento Jurídico já está analisando o processo e entrará com recurso, e como não existem irregularidades na nossa greve, acreditamos que poderá ser revertido. Essa liminar se restringe à greve dos trabalhadores concursados. Não se aplica aos trabalhadores terceirizados.”
As reivindicações dos trabalhadores da educação incluem uma melhora na proposta salarial de 8,04%, dividida em três parcelas, com a última prevista para janeiro de 2025.
*Matéria elaborada com informações do Estado de Minas.