Brasil

Prefeitura aciona Aneel e cobra Enel por novo apagão em São Paulo

Gestão pede explicação sobre frota parada e demora no restabelecimento de energia; mais de 2 milhões de moradores foram afetados

Imagem da noticia Prefeitura aciona Aneel e cobra Enel por novo apagão em São Paulo
Apagão em São Paulo | Reprodução

A Prefeitura de São Paulo acionou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Enel, responsável pelo abastecimento de energia da cidade, sobre o apagão de quarta-feira (10). No documento, a gestão pede que a concessionária esclareça, em até 48 horas, os motivos que levaram mais de 2 milhões de moradores a ficarem sem luz por horas.

SBT News Logo

Siga o SBT News no Google Discover e fique por dentro das últimas notícias.

Siga no Google Discover

Além disso, questiona o grande número de veículos parados na garagem da concessionária em meio ao apagão. “Esses veículos deveriam estar munidos de equipes e equipamentos para o reparo e a remoção de galhos e árvores sobre a fiação, bem como quais providências foram adotadas para evitar prolongamento do sofrimento aos cidadãos deste município”, diz o documento.

Na ação, a prefeitura reforçou que a Enel vem falhando em reparar os serviços quando há interrupções. Como exemplo, a gestão citou os apagões de novembro de 2023 e outubro de 2024, quando milhares de moradores ficaram sem energia elétrica por dias, o que fez a resposta operacional da concessionária ser “amplamente questionada” pelas autoridades.

Desde o ano passado, a prefeitura, a pedido do prefeito Ricardo Nunes, já enviou dois ofícios ao Tribunal de Contas da União e outros dois à Aneel solicitando medidas efetivas contra a Enel, maior fiscalização do contrato de concessão e aplicação de multa contra a concessionária. O prefeito também solicitou à agência reguladora o cancelamento do contrato de concessão da energia da cidade.

Além disso, a gestão municipal enviou ofícios ao Procon de São Paulo cobrando responsabilidade e pedindo aplicação de multa contra a Enel, em razão da demora da concessionária em restabelecer a energia no município após apagões. Em âmbito judicial, ainda entrou com uma ação obrigando a concessionária a apresentar um plano de contingência e um cronograma preventivo para o período de chuvas.

Novo apagão

O apagão de quarta-feira (10) foi causado por fortes rajadas de ventos, decorrentes do ciclone extratropical que passa pelo sul do Brasil. Os ventos chegaram a quase 100 km/h, provocando queda de árvores e afetando, além do fornecimento de energia, o abastecimento de água. A ventania ainda impactou as operações do Aeroporto de Congonhas, que cancelou 121 voos, e o transporte sobre trilhos.

Parques privados como Ibirapuera, Vila Lobos, Eucaliptos, Jacintho Alberto, Jardim Felicidade, Tenente Faria Lima e Lajeado, também suspenderam atividades. Segundo as administrações, a decisão seguiu critérios da Portaria Semil-SMA-CPP nº 07/2025, que determina fechamento preventivo quando os ventos ultrapassam 40 km/h ou há risco elevado de queda de árvores e galhos.

Em nota, a Enel informou que, por causa dos ventos, em alguns pontos da cidade a rede elétrica foi atingida por objetos e galhos, o que prejudicou o fornecimento de energia, além da queda de árvores. Disse, também, que “mobilizou e reforçou antecipadamente seu quadro em campo e, ao longo do dia, 1.300 equipes atuaram para restabelecer o fornecimento de energia para cerca de 2 milhões de clientes”.

Últimas Notícias