Polícia prende dois suspeitos de incêndios criminosos no interior de São Paulo
Queimadas levam fumaça para outras regiões do país, afetando a visibilidade em Brasília; PF abre investigação
A polícia de São Paulo prendeu dois suspeitos de envolvimento em incêndios criminosos que ocorreram no interior do estado. As queimadas, que se intensificaram nas últimas semanas, espalharam fumaça para outras regiões do Brasil, incluindo a capital federal, Brasília.
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No domingo (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o Centro de Monitoramento de Incêndios na sede do Ibama, acompanhado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Ela destacou a gravidade da situação e afirmou que o cenário atual não corresponde ao histórico da região, que nunca havia registrado tantas frentes de incêndio simultâneas.
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A fumaça proveniente das queimadas prejudicou a visibilidade de monumentos importantes em Brasília, como o Congresso Nacional e os prédios da Esplanada dos Ministérios.
Além disso, a capital enfrenta uma seca severa, com mais de 130 dias sem chuvas e umidade relativa do ar abaixo de 20%.
A meteorologista Andrea Ramos explicou que os ventos vindos do sul do país transportaram a fumaça para a região central, causando o fenômeno em Brasília.
“O vento transportou esse poluente e trouxe ele aqui para a nossa região”, afirmou.
Enquanto isso, a Polícia Federal abriu dois inquéritos para investigar a origem criminosa dos incêndios no interior paulista, especialmente nas áreas que interromperam o funcionamento de aeroportos.
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, todos os pontos serão investigados para identificar as causas e os responsáveis pelos danos ambientais.
"O incêndio não é municipal, não é estadual, é um dano ambiental que deve ser apurado pela Polícia Federal", diz Rodrigues.
Um dos suspeitos foi preso em flagrante enquanto tentava atear fogo em uma mata na cidade de Batatais, São Paulo. Este é o segundo caso de prisão por incêndio criminoso na região neste fim de semana.
Ao todo, mais de 40 municípios do estado estão em alerta máximo devido ao aumento significativo no número de focos de incêndio, o maior registrado nos últimos 26 anos.
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Em Ribeirão Preto, o fogo se aproximou de residências em um condomínio, forçando os moradores a evacuar suas casas. As aulas na rede pública local foram suspensas até terça-feira (27), como medida de precaução.
A Força Aérea Brasileira está auxiliando no combate às chamas, e o Exército sobrevoou as áreas mais críticas no domingo (25).