'Pedaço tirado de mim', diz pai de Juliana Marins após saber da morte da filha
Manoel Marins Filho estava viajando para a Indonésia quando óbito foi confirmado pelas equipes de resgate

Camila Stucaluc
O pai de Juliana Marins, brasileira que caiu de um penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão Mount Rinjani, na Indonésia, se manifestou pela primeira vez sobre a morte da filha. Em publicação nas redes sociais, Manoel Marins Filho compartilhou uma foto da jovem com a frase “pedaço tirado de mim”.
A morte de Juliana foi confirmada na manhã de terça-feira (24), quando equipes de resgate conseguiram chegar até o local onde a jovem estava. Segundo os socorristas, após a queda, na noite de sexta-feira (20), ela escorregou devido à inclinação do penhasco, ficando a mais de 950 metros da trilha original. A área de difícil acesso, bem como as más condições climáticas, dificultaram as operações de resgate.
Quando o óbito foi confirmado, Manoel estava viajando a caminho da Indonésia. Agora, já no país, ele deve acompanhar o resgate do corpo de Juliana, que acontecerá na manhã desta quarta-feira (25). O corpo da jovem será içado e transportado em uma maca até o posto de Sembalun, na ilha de Lombok.
Em nota, o Itamaraty lamentou a morte de Juliana, dizendo que “vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prestou solidariedade, enfatizando que os serviços diplomáticos e consulares brasileiros na Indonésia seguirão prestando todo o apoio à família da jovem.
Pelas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagem à Juliana. A Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), onde a jovem se formou em publicidade, também lamentou o ocorrido. “A ECO se solidariza com a imensa dor da família e amigos”, diz a publicação.
Outros acidentes
A trilha seguida por Juliana que leva até o vulcão Mount Rinjani, na ilha de Lombok, tem 2,6 quilômetros de extensão — sendo uma das mais populares entre turistas. A distância pode ser percorrida em até quatro dias, segundo informações do Parque Nacional do Monte Rinjani. O cume do vulcão fica a 3.726 metros de altura.
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A escalada é considerada uma das mais difíceis do país e, por isso, os visitantes precisam de um alto nível de preparo físico e roupas e equipamentos adequados, além do acompanhamento de um guia. Nos últimos cinco anos, contudo, a região do vulcão registrou 180 acidentes, com oito fatalidades.