O que se sabe sobre a fuga do presídio de segurança máxima em Mossoró (RN)
Dois criminosos escaparam de penitenciária federal no Rio Grande do Norte, nessa quarta (14); direção foi afastada por Lewandowski
Como resposta, o ministro determinou afastamento imediato da direção da penitenciária e nomeou o policial penal federal Carlos Luiz Vieira Pires como interventor no presídio federal.
Os criminosos seguem foragidos, e a Polícia Federal (PF) desconfia que eles tenham ido para o Rio de Janeiro (RJ), para buscar abrigo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
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Quem são os fugitivos
Rogério Mendonça tem 35 anos e Deibson Nascimento, conhecido como "Tatu", 33. Os dois são ligados ao Comando Vermelho (CV). No mesmo presídio de Mossoró está preso um dos líderes da facção, Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar.
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Ambos os foragidos são naturais do Acre e já estavam encarcerados no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco, mas foram transferidos para Mossoró após terem participado de uma rebelião em 27 de setembro de 2023. O motim resultou na morte de cinco presos.
"Tatu" responde a mais de 30 processos por tráfico de drogas, organização criminosa, roubos e outros crimes, e recebeu penas que totalizam mais de 81 anos de detenção.
Já Mendonça possui mais de 50 processos, e é acusado de roubo, homicídio e outros delitos, totalizando cerca de 74 anos de prisão.
Como ocorreu a fuga?
Segundo informações preliminares, eles teriam fugido durante um banho de sol, por um buraco no teto da cela. Em presídios federais, as celas são individuais e os presos costumam ter duas horas por dia para tomar sol.
O presídio de segurança máxima fica em uma área isolada, a cerca de 15 km do centro de Mossoró. Inaugurada em julho de 2009, a unidade estava passando por reformas, o que pode ter facilitado a fuga dos prisioneiros.
Suspeita-se que os criminosos utilizaram uma ferramenta extraída do canteiro de obras para conseguir fugir por um buraco feito no teto de uma das celas. Não se sabe ainda como foi feita a fuga da área externa do presídio.
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As investigações ainda estão em curso, mas o Ministério da Justiça não descarta qualquer possibilidade, de falha no protocolo de segurança até facilitação proposital.
Autoridades em Mossoró e buscas
O secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, está em Mossoró com uma comitiva do ministério. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza buscas nas rodovias atrás dos fugitivos.
Os nomes de Deibson e Rogério foram incluídos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras. O governo do Rio Grande do Norte também designou um helicóptero para ajudar nas buscas e colocou outra aeronave à disposição. A PF enviou drones para apoio à operação de recaptura.