Justiça não descarta nenhuma possibilidade para fuga de presídio no RN e fala em "crise no sistema prisional"
"Relaxamento, facilitação, ou seja lá o que a investigação indique", apontou André Garcia, secretário Nacional de Políticas Penais do ministério
A perícia na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), para identificar como ocorreu a fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, deve ser concluída nesta sexta-feira (16). O secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, está no município para coordenar as ações de recaptura dos fugitivos e disse que isso é prioridade para a pasta.
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"Nenhuma das possibilidades está descartada. Relaxamento, facilitação, ou seja lá o que a investigação indique. Eu não posso adiantar nada, porque seria uma mera ilação da minha parte", disse o secretário, em coletiva de imprensa na delegacia da Polícia Federal (PF) em Mossoró.
"Nestes momentos que a gente atua em uma situação dessa, que podemos classificar como uma crise no sistema prisional, porque o fato é inusitado, é preciso ter muita prudência, muita capacidade de avaliação de informação", completou.
De acordo com informações preliminares, os fugitivos escaparam por uma brecha na estrutura do presídio, que está passando por uma obra. "Uma obra de manutenção do presídio que é necessária, mas é preciso rever os protocolos de segurança para evitar que uma obra interfira na questão da segurança", continuou.
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Garcia ainda confirmou que todos os procedimentos de segurança da unidade estão sendo revistos e possíveis ajustes podem ser feitos. "Não há possibilidade de você ter em uma unidade prisional uma fuga se os procedimentos de segurança forem observados", observou.
Os serviços de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e da Polícia Militar do Rio Grande do Norte atuam na recaptura dos presos, com utilização de aeronaves, drones e helicópteros. Mais de 200 agentes participam da operação.
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Com a fuga, o nível de segurança das cinco unidades do sistema penitenciário federal – Mossoró (RN), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF) – foi elevado.
Os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró entraram na difusão vermelha da Interpol. Inicialmente, eles haviam sido colocados na lista laranja.