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MP-SP pede prisão preventiva de deputado Lucas Bove, que dispara: "Militância feminista"

Promotoria denunciou o deputado por perseguição, violência psicológica, violência física e ameaça contra Cíntia Chagas, sua ex-esposa

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Cinthia foi casada com Lucas Bove por apenas três meses - Redes Sociais / Reprodução
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra o deputado estadual Lucas Bove (PL), nessa quinta-feira (23), e solicitou à Justiça a prisão preventiva do parlamentar. O pedido de prisão é em razão ao descumprimento de medidas protetivas concedidas à influenciadora Cíntia Chagas, sua ex-esposa.

O MP aponta perseguição, violência psicológica, violência física e ameaça. No ano passado, Chagas prestou queixa contra o deputado e relatou uma série de abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento que durou mais de dois anos.

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Nas redes sociais, a influenciadora disse que recebeu a decisão com serenidade e confiança na Justiça. "Trata-se de um homem público, e é moralmente inaceitável que agressores de mulheres permaneçam investidos em funções de poder", afirmou.

Atualmente, Lucas Bove segue atuando como deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), depois que seu pedido de cassação de mandato foi arquivado na casa, mesmo com a acusação de violência doméstica.

"A violência contra a mulher não se circunscreve à esfera privada: constitui crime e afronta à dignidade humana. Que a lei siga o seu curso e que, como sempre, a verdade prevaleça. A todas as mulheres que enfrentam a violência, deixo uma mensagem: não se calem. O silêncio protege o agressor", escreveu a influenciadora em sua publicação.

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Lucas Bove se pronuncia

Após a denúncia apresentada pelo MP, Lucas Bove também se manifestou sobre o assunto em suas redes, ainda na noite de quinta. O deputado alegou que a denúncia feita pelo MP-SP baseia-se no que a suposta vítima diz. O parlamentar afirmou ainda que o órgão "não investiga nada".

"Estou em paz, pois, além de ter a consciência limpa, confio na Justiça e tenho fé de que a juíza será justa ao analisar tanto o pedido de prisão quanto a única narrativa que permaneceu de pé (violência psicológica). Dizem que ela é implacável na defesa das mulheres, então tenho certeza de que mostrará que a causa é nobre e não pode ser usada para vinganças pessoais", disse o deputado.

Ainda segundo ele, a outra parte pediu sua prisão por "responder uma pergunta sobre fatos que já eram públicos e que foram vazados por 'alguém'." O deputado acusou a delegada do caso de ignorar um laudo que atesta que não há danos psicológicos.

"A militância feminista que alcançou o poder público deixa claro que, se você for mulher: não precisa cumprir as regras impostas pela justiça; sua palavra vale mais do que suas ações, do que seu histórico e até do que um documento oficial assinado por um profissional devidamente qualificado e isento", disse ainda.
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