Publicidade
Brasil

Justiça torna ‘Colômbia’ réu por mandar matar Bruno Pereira e Dom Phillips no Amazonas

Rubén Dario, conhecido pelo apelido, liderava esquema de pesca ilegal no Vale do Javari e teria ordenado as execuções para proteger interesses criminosos

,
• Atualizado em
Publicidade

A Justiça Federal do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu o peruano Rubén Dario Villar, conhecido como “Colômbia”, acusado de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

+ Bolsonaro exibe tornozeleira pela primeira vez após reunião do PL na Câmara

Os dois foram mortos em junho de 2022, na região do Vale do Javari, no interior do estado. Segundo o MPF, Bruno e Dom foram executados por interferirem nas atividades de uma rede criminosa ligada à pesca ilegal em áreas protegidas.

O crime aconteceu após a passagem da dupla pela comunidade de São Rafael, entre os municípios de Atalaia do Norte e Guajará. Dias depois, os corpos foram localizados enterrados na floresta.

Rubén Villar foi apontado como mandante em 2023, após investigações da Polícia Federal. Ele está preso preventivamente. A denúncia apresentada em junho deste ano foi resultado do trabalho do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ). Com isso, a justiça acolheu o pedido e deu andamento ao processo penal.

Além do duplo homicídio, Villar também responde por tráfico de drogas, pesca ilegal e uso de documentos falsos.

Ele chegou a se entregar na sede da Polícia Federal em Tabatinga, mas acabou detido por portar identidade falsa. Até o momento, nove pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime.

Entre os acusados de participação direta nos assassinatos estão Amarildo da Costa Oliveira (conhecido como Pelado), Jefferson da Silva Lima (apelidado de Pelado da Dinha) e Oseney da Costa Oliveira (também chamado de Dos Santos). Outros cinco réus respondem por ocultação de cadáver.

O crime

Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram durante uma expedição investigativa na região amazônica.

A última vez que foram vistos foi em 5 de junho de 2022, enquanto navegavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, com destino a Atalaia do Norte.

O trajeto de aproximadamente 72 quilômetros deveria durar cerca de duas horas, mas os dois jamais chegaram ao destino final.

Após o crime, os restos mortais de Bruno e Dom foram localizados em 15 de junho daquele ano.

De acordo com a Polícia Federal, as vítimas foram assassinadas a tiros, e os corpos foram posteriormente esquartejados, incinerados e enterrados na mata.

Além de Rubén Dario Villar, o “Colômbia”, apontado como mandante do crime, outras três pessoas são acusadas de envolvimento direto: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado; seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, apelidado de Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, chamado de Pelado da Dinha.

Amarildo foi preso em flagrante no dia 8 de junho de 2022, por portar munições de uso restrito e por ameaçar indígenas que participavam das buscas.

No dia seguinte, a polícia encontrou vestígios de sangue na lancha que ele utilizava. Oseney foi detido em 14 de junho e é suspeito de ter ajudado na emboscada que levou ao assassinato das vítimas.

Jefferson, por sua vez, foi capturado em 18 de junho e, segundo a investigação, teve participação ativa em todas as etapas do crime, desde a emboscada até a ocultação dos corpos.

Leia também:

+ Lindbergh entra com pedido para bloquear salario de Eduardo Bolsonaro

+ Moraes autoriza investigação sobre possível uso de informação privilegiada no dia do tarifaço de Trump

+ Dólar cai e Ibovespa sobe apesar de receio de medidas contra o Brasil

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade