Justiça determina plano de prevenção de acidentes com macacos bugios no RS
Nos últimos 3 anos, 25 animais morreram por choques elétricos causados pela falta de manutenção nas redes
A pedido do Ministério Público, a Justiça do Rio Grande do Sul determinou que uma das empresas responsáveis pela distribuição e transmissão de energia no estado inicie um plano de prevenção de acidentes envolvendo macacos bugios. Nos últimos 3 anos, 25 animais morreram e outros quinze foram feridos por choques elétricos causados pela falta de manutenção nas redes.
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Taylor é uma bebê que agora depende da mamadeira e do cuidado dos humanos. A filhote de macaco bugio foi levada para um núcleo de reabilitação após levar um choque e a mãe da filhote morreu no mesmo acidente com os fios da rede de energia, em Viamão, na Grande Porto Alegre.
“Infelizmente é um animal que não vai poder retornar pra vida livre, porque ela passou por uma cirurgia de amputação hoje. Então ela perdeu uma perninha e vai passar por uma outra, que a gente vai amputar a mãozinha dela”, relata a médica veterinária Jacqueline Meyer.
Os bugios costumam circular em pequenos grupos pelo alto das árvores, mas com o crescimento das cidades, os fios de energia avançam nas áreas onde os animais circulam, causando acidentes frequentes.
Indenização de R$ 50 mil para cada animal morto
Após um ano de tentativas sem sucesso de solução com a empresa responsável, o Ministério Público gaúcho obteve uma decisão liminar na Justiça. A CEEE Equatorial, responsável pela distribuição e transmissão de energia, precisa isolar os fios e efetuar a poda das árvores onde ocorreram acidentes, além de contratar veterinários para atendimento dos bugios. No entanto, a Promotoria pediu mais: quer uma indenização de R$ 50 mil para cada animal morto e que a empresa pague pelos custos dos tratamentos.
A CEEE Equatorial informou que o problema se arrasta há quase duas décadas, bem antes de assumir a concessão do serviço, mas está em busca de uma solução concreta.