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Jovem morto por policial com tiro à queima-roupa é enterrado no Rio

Jefferson de Araújo Costa participava de uma manifestação no Complexo da Maré quando foi abordado

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O corpo de Jefferson de Araújo Costa, de 22 anos, será enterrado na tarde deste sábado (10), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O jovem foi baleado por um policial na última quinta-feira (8), durante uma operação emergencial no Complexo da Maré. Ele chegou a ser levado ao Hospital Getúlio Vargas, mas já estava morto.

Jefferson participava de um protesto pedindo o fim das operações policiais na região quando foi abordado pelo cabo Eduardo Gomes dos Reis. Imagens capturadas por moradores mostram o policial xingando e batendo com o fuzil em Jefferson, que aparenta estar desarmado. É neste momento que a arma do militar dispara à queima-roupa.

Jefferson foi socorrido pela irmã, que alegou que a vítima era portadora de deficiência mental. Reis, que deixou o local sem prestar ajuda, foi detido em flagrante por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar. O militar passou por audiência de custódia na sexta-feira (9), mas teve a prisão mantida pela Justiça do Rio de Janeiro.

Logo após a decisão, o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Maicon Pereira, admitiu erro no procedimento. “Um policial militar teve uma atitude a qual a gente não aprova, uma atitude errada em meio a essa ação da corporação no Complexo da Maré.”

Pelas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, manifestou solidariedade à família da vítima, afirmando estar aterrorizada com o tipo de operação. A ministra informou ainda que acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para acompanhar, junto com ela, o andamento das investigações sobre o caso.

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“É aterrorizante o vídeo do morador baleado a queima-roupa no Complexo da Maré. A lei deve ser cumprida por todos, independente do local, raça ou renda. A imagem mostra uma ação no mínimo desproporcional. Liguei para o Ministro Lewandowski e acompanharemos as investigações. Não podemos aceitar tamanha violência ante uma manifestação, numa comunidade que é formada por trabalhadores, em sua maioria pessoas negras”, escreveu.

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