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Brasil

Governistas acompanham julgamento do “Núcleo 1” no STF; aliados de Bolsonaro não comparecem

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, chamou a ação de momento histórico

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Julgamentos do Núcleo 1 no STF | Distribuição/Antonio Augusto/STF
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Deputados da base marcaram presença no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (2) para acompanhar o início do julgamento do chamado “Núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado. Entre os parlamentares presentes estão Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Havia expectativa para a chegada do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas nem ele e nenhum outro aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à Suprema Corte até o momento.

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Ao chegar ao tribunal, Lindbergh Farias afirmou se tratar de um momento decisivo. “Julgamento histórico. Nunca, nenhum militar desde a ditadura foi julgado. Julgamento histórico”, declarou o deputado.

Enquanto isso, Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar e medidas cautelares, acompanha a sessão de casa. O único réu a comparecer pessoalmente ao plenário foi o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa no governo Bolsonaro. Com um dos ombros imobilizado por conta de uma cirurgia, ele afirmou estar tranquilo. “Confio na Justiça. Vou ficar quietinho aqui para ver o que vai acontecer”, disse.

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O julgamento

O julgamento do Núcleo 1 reúne oito réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde como principal acusado. Eles são réus em ação penal por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa. O STF organizou o julgamento em cinco sessões consecutivas, previstas para esta semana, nas quais serão analisadas provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados.

Além das acusações, os ministros vão avaliar o papel de cada um dos envolvidos na elaboração de uma suposta “minuta do golpe”, documento que previa a decretação de estado de sítio e a prisão de ministros da Corte. A expectativa é que, ao final, os magistrados definam as penas individuais, caso haja condenação.

Com o início da análise do processo, o Supremo se prepara para uma semana de grande movimentação política e institucional. Além da presença de parlamentares e advogados, centenas de pessoas se inscreveram para acompanhar os debates diretamente do plenário. A Polícia Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal reforçaram o esquema de segurança no entorno da Praça dos Três Poderes.

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