"Gato a Jato": gari fantasiado mostra o dia a dia da profissão e viraliza nas redes
Apelido surgiu da velocidade que o profissional atinge enquanto recolhe o lixo

Guilherme Rockett
Há dois anos, o gari Wanderson Gosh, de Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul, começou a postar nas redes sociais a rotina do recolhimento de lixo. Hoje, os vídeos acumulam milhares de visualizações e já ultrapassaram a marca de dois milhões em algumas publicações.
"Eu comecei a trabalhar de gari e achei muito tri a profissão. Para mim, foi um esporte", contou. O sonho inicial era ser jogador de futebol, mas agora ele corre pelas ruas da cidade, percorrendo cerca de 30 quilômetros por dia. A ideia de gravar surgiu durante o trabalho. "Eu comecei a fazer os meus vídeos até para mudar a minha vida, se Deus quiser. A rotina de gari não é fácil, é só para quem gosta."
Wanderson chama atenção vestido de Capitão América, personagem que usa para animar crianças e dar mais leveza ao dia a dia. O apelido "Gato a Jato" veio da velocidade com que acompanha o caminhão, chegando a registrar até 40 km/h, garante o irmão Bruno Gosh, motorista do veículo. "Eu vi que ele tinha vocação para isso e dei uma força. Um dia, na estrada da Laguna, chegou a 40 km/h."
O trabalho também tem apoio em casa. A esposa, Débora Silva, diz que incentivou o marido mesmo diante de críticas. "Quando ele estava desmotivado porque diziam que não ia dar certo, eu motivava a gravar porque sei que é o sonho dele."
Com vídeos no Instagram e no TikTok, Wanderson transformou a profissão em um conteúdo divertido e inspirador. "Eu acho muito lindo. Olho os meus vídeos e parece que não sou eu ali, mas quem está no caminhão sabe: é uma adrenalina sobrenatural, divertido, e é isso aí!", resumiu.
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