Acompanhe ao vivo: força-tarefa cumpre mandados contra envolvidos na morte de delator do PCC
Secretaria da Segurança Pública de SP dará uma coletiva de imprensa para atualizar as investigações sobre assassinato de Antônio Vinicius Gritzbach
A força-tarefa que apura o assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ocorrido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, cumpre mandados contra envolvidos no crime na manhã desta terça-feira (19).
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Policiais da 2ª Delegacia da Divisão de Homicídios atuam para esclarecer os fatos desde o último dia 8 – data do crime. A suspeita, com base em informações de inteligência, é de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) vinha monitorando todos os passos do delator. Em junho deste ano, Gritzbach – que atuava como lavador de dinheiro da facção – fez um acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução de pena e revelou esquemas de lavagem de dinheiro do PCC.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo dará uma coletiva de imprensa, às 11h, para atualizar as investigações sobre o caso. Acompanhe ao vivo:
O assassinato
As investigações iniciais apontam para uma possível ordem do PCC para matar o empresário. Em dezembro de 2021, Gritzbach ordenou a morte de Anselmo Santa Fausta e do motorista Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", em uma emboscada no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.
O crime teria acontecido depois do traficante do PCC ter entregue R$ 40 milhões ao empresário para que fossem investidos em criptomoedas. Após o investimento não dar certo e Anselmo perder o dinheiro, o líder do PCC fez diversas ameaças a Gritzbach. Em resposta, ele teria encomendado a morte do traficante com um pistoleiro, identificado como Noé Alves.
Cerca de 20 dias depois dos assassinatos, o responsável pelas mortes de "Cara Preta" e "Sem Sangue" foi executado pelo PCC. A facção deixou um bilhete ao lado do corpo de Noé – que foi esquartejado e teve a cabeça jogada no local da morte dos traficantes.
Após o crime, Antônio Vinicius Gritzbach foi preso diversas vezes, até ser solto definitivamente em 7 de junho de 2023, quando ganhou liberdade condicional. Em junho deste ano, o empresário fez um acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução de pena e revelou esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Policiais afastados
Policiais civis denunciados por corrupção na delação de Gritzbach foram afastados do trabalho operacional, na última quarta-feira (13), pela força-tarefa que investiga a execução. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que afirmou, em nota, que os agentes "foram afastados das atividades operacionais para funções administrativas".
Além disso, oito policiais militares que faziam a segurança de Gritzbach no dia de sua execução foram afastados enquanto a força-tarefa prossegue nas investigações.