Falta de energia vira tema de atos de campanha dos candidatos à Prefeitura de São Paulo
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos criticaram Enel durante as agendas desta segunda-feira (14)
O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, e o candidato Guilherme Boulos (PSOL) voltaram suas atenções para o problema da falta de energia na capital paulista. Em compromissos de campanha nesta segunda-feira (14), ambos abordaram as falhas no fornecimento de energia.
+ Apagão em São Paulo: Agência reguladora reclama de intervenção 'indevida' do governo
Guilherme Boulos visitou moradores da zona sul que, até a manhã desta segunda-feira (14), ainda sofriam as consequências do temporal da última sexta-feira (11). Ele criticou a administração municipal pela ausência de manutenção arbórea, o que, segundo ele, contribuiu para o apagão que atingiu a cidade em novembro do ano passado.
"Alertamos a prefeitura, mas ela não fez a lição de casa", disse Boulos. Além disso, o candidato manifestou-se contra a privatização do serviço de fornecimento de energia e destacou: "A empresa privatizada quer lucro a qualquer custo para os acionistas. A Enel lucrou R$ 40 bilhões".
Já Ricardo Nunes visitou um instituto que atende pessoas com autismo e aproveitou para reafirmar suas críticas à concessionária Enel. Ele comentou sobre uma recente ida a Brasília, onde solicitou ao Tribunal de Contas da União a caducidade do contrato com a empresa.
"Vou continuar pressionando para que o contrato seja cumprido", afirmou.
A falta de energia, que gerou embates não só entre os candidatos, mas também com o Governo Federal. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a ausência de poda piorou a situação, aumentando o tempo de espera para o restabelecimento do serviço. Segundo Silveira, mais de 50% dos incidentes foram causados por quedas de árvores sobre as redes de média e baixa tensão.
O atual prefeito se defendeu dizendo que podou 650 mil árvores no último ano e destacou que, após o temporal de sexta, muitas árvores ainda não puderam ser removidas devido à necessidade de desligamento da energia por parte da Enel.