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Brasil

Ex-marido constrói casa de vidro para vigiar mulher no interior de SP; vítima está desaparecida

Beatriz Cruz conseguiu medida protetiva contra Thiago Monteiro, que está foragido; privada ficava em frente a cama para monitoramento, em Serra Negra

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A Polícia Civil investiga o desaparecimento de Beatriz Cruz, de 35 anos, em Serra Negra, no interior de São Paulo. A família não tem informações dela há quase dois meses.

A mulher vivia em uma casa de vidro que teria sido construída para ser monitorada pelo ex-companheiro Thiago Monteiro, que é o principal suspeito.

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Os dois têm um filho de oito anos e mantinham um relacionamento de 15 anos que, para muitos, parecia harmonioso. Roseli Aparecida Araújo, mãe de Beatriz, descreve Thiago como uma pessoa "fina, educada, fala baixo".

No entanto, a fachada de "marido exemplar" desmoronou quando o próprio filho do casal começou a relatar à avó Roseli os abusos que testemunhava. A partir da denúncia, a mãe da vítima começou a flagrar a violência que Beatriz sofria.

"Eu vi ela deitada em posição fetal, com as duas mãos tentando cobrir o rosto, tinha medo de apanhar no rosto, ele tava segurando o cabelo dela, fez um nó no cabelo e tava tampando a boca dela", disse Roseli.

Stalking e controle extremo

Thiago e Beatriz | Reprodução
Thiago e Beatriz | Reprodução

A violência ia além das agressões físicas, segundo Roseli. Thiago monitorava cada passo de Beatriz em um comportamento de "stalking". A casa de vidro, que deveria ser uma característica arquitetônica diferenciada, servia, na verdade, como um método de vigilância constante. Thiago chegou a posicionar o vaso sanitário em frente à cama do casal, impedindo que Beatriz usasse o celular de forma escondida.

"Ele tinha um espião no celular dela, um aplicativo espião, tinha um GPS e tanto que ele sabia em todos os lugares que ela ia, ele sabia tudo que ela fazia", desabafou a mãe de Beatriz.

Medida Protetiva e o desaparecimento

Cansada da situação de abuso e vigilância constante, Beatriz conseguiu se separar e pediu uma medida protetiva que proibia Thiago de se comunicar com ela, de se aproximar do local de trabalho e manter uma distância de ao menos 200 metros dela.

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No entanto, cerca de três semanas após a obtenção da medida protetiva, Beatriz saiu de casa para trabalhar em um hotel e desde então não foi mais vista. Roseli denunciou o desaparecimento em um boletim de ocorrência.

A casa de vidro tinha câmeras de segurança que registravam a movimentação externa. Mas, antes de deixar a residência, Thiago destruiu os equipamentos e os HDs com as imagens salvas.

Homem destruiu equipamentos de monitoramento | Reprodução/SBT
Homem destruiu equipamentos de monitoramento | Reprodução/SBT

A polícia realizou buscas em áreas de mata, utilizando cães farejadores e drones. O carro de Thiago foi apreendido e a perícia já identificou vestígios de sangue no veículo, que estão sendo analisados.

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No dia 6 de maio, a prisão temporária de Thiago Monteiro foi decretada pela Justiça. Ele está foragido.

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