Emergência sanitária por gripe aviária no Pará preocupa população
Estado descartou casos suspeitos, mas mantém medidas preventivas; comerciantes veem queda na procura por frango e ovos

Bianca Teixeira
Thiago Maia
O estado do Pará decretou emergência sanitária contra a gripe aviária na quinta-feira (29). A medida dá à Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) a coordenação das ações de vigilância, prevenção e controle da gripe aviária em território paraense, em articulação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e demais órgãos federais. A validade da decisão é de seis meses, inicialmente.
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Após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no país, no último dia 16, no Rio Grande do Sul, o Pará detectou dois casos suspeitos envolvendo aves oriundas de agricultura familiar, no município de Eldorado do Carajás, região Sul do Estado. As suspeitas, porém, foram descartadas após avaliação das autoridades sanitárias.
Com o decreto preventivo, comerciantes passaram a perceber resistência por parte do consumidor: já há muito mais aves e ovos à espera de venda do que antes.
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Marcelo Carvalho, vendedor em uma das feiras, aponta preocupação com o sumiço dos clientes. “Depois que começaram a falar disso, diminuiu bem a procura”, diz.
O veterinário Donys Carvalho pontua que o decreto estadual é protocolar e que não há riscos no consumo de aves e ovos. "A chance de contaminação ave-homem é rara", ressalta.
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Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o Pará decreta emergência zoossanitária como forma de prevenção à gripe aviária. Em 2023, essa medida também foi adotada pelo estado com o objetivo de conter riscos e possíveis danos à agropecuária e à saúde pública.