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Saúde

Gripe aviária no Brasil: Posso ser contaminado? O vírus pode virar uma pandemia? Entenda riscos

Trata-se do primeiro foco da doença em um sistema de avicultura comercial no país, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária

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Vírus H5N1 foi identificado em uma granja comercial do RS | OPAS
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O governo federal anunciou nesta sexta-feira (16) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) — que pode causar sintomas graves e alta mortalidade entre as aves, em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

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Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), trata-se do primeiro foco da doença em um sistema de avicultura comercial no Brasil — até então, os registros se restringiam a aves silvestres e de subsistência.

É importante deixar claro que a transmissão não ocorre pelo consumo de carne de frango ou ovos, que continuam seguros, segundo o ministério.

O que é gripe aviária? Pode ser transmitida para humanos?

A gripe aviária é causada pelo vírus H5N1, um subtipo do vírus influenza A. Conhecida por sua alta capacidade de provocar surtos letais em aves, a IAAP já circula globalmente desde 2006, com maior incidência na Ásia, África e norte da Europa.

De acordo com o infectologista Marcelo Neubauer, apesar de ser parecido com o vírus da gripe, ele é pouco comum entre os seres humanos.

"Não existe um risco de uma epidemia grande ou uma pandemia", pontua.

Desde o início de sua circulação global, foram notificadas à OMS mais de 950 infecções humanas causadas pelo vírus H5N1 no mundo, sendo que cerca de metade dos casos resultou em mortes.

O Mapa também destacou que o risco de infecção em humanos é considerado baixo. Casos de contaminação geralmente envolvem profissionais com contato direto e prolongado com aves infectadas, como tratadores e trabalhadores de granjas.

"Em sua maioria, [a infecção humana] ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)", informa a pasta. O Mapa também garantiu que não há necessidade de restrições alimentares. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados.”

Quais medidas estão sendo tomadas?

Logo que foi confirmado o foco em Montenegro, o governo brasileiro informou ter acionado o plano nacional de contingência para conter e erradicar a doença. As medidas incluem:

  • Isolamento da granja afetada;
  • Monitoramento e fiscalização de granjas próximas;
  • Comunicação oficial à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), ministérios da Saúde e Meio Ambiente, além dos parceiros comerciais do Brasil.

O ministério informou ainda que o Serviço Veterinário Nacional está capacitado para lidar com surtos da doença, com treinamentos e estrutura reforçados desde os anos 2000.

Como se prevenir?

Para a população em geral, os principais cuidados incluem:

  • Evitar contato com aves silvestres ou doentes, especialmente em regiões com focos confirmados;
  • Não manipular aves mortas ou com sintomas sem proteção adequada;
  • Lavar bem as mãos após contato com animais ou ambientes rurais;
  • Consumir apenas produtos de origem animal inspecionados e certificados.

Profissionais do setor avícola devem seguir os protocolos de biossegurança, como uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e desinfecção de instalações.

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