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Nível dos rios segue em alerta no Rio Grande do Sul

Água ameaça moradores das ilhas de Porto Alegre; algumas pessoas já usam barcos para se locomover

Imagem da noticia Nível dos rios segue em alerta no Rio Grande do Sul
Chuvas nas cabeceiras ainda podem causar cheias em Porto Alegre. | Divulgação
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Mesmo com tempo firme em Porto Alegre, a cidade segue em estado de alerta. Isso porque um grande volume de água ainda deve chegar à capital pelos rios Taquari e Jacuí. As chuvas nas cabeceiras demoram de dois a quatro dias para desaguar no Guaíba.

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A dona de casa Eliane Carla da Silva, moradora da Ilha do Pavão, vive o medo de uma nova cheia. "A gente não dorme à noite, fica cuidando a água", conta, ao lado do filho, depois de já ter perdido a casa na enchente anterior. Na Ilha da Pintada, a cena se repete. Barracas improvisadas à beira da BR-290 mostram a tentativa de prevenção.

Ilhas da capital gaúcha enfrentam cheia após chuvas no estado. | Divulgação
Ilhas da capital gaúcha enfrentam cheia após chuvas no estado. | Divulgação

Mesmo com céu limpo na capital gaúcha, o Guaíba pode subir por causa da água que vem de longe. O hidrólogo Fernando Fan reforça que "as chuvas que elevam o nível do Guaíba são as que caem sobre rios que drenam para ele, como o Taquari e o Jacuí", diz. Segundo ele, a água que cai no Vale do Taquari leva de três a quatro dias para chegar à capital. Já a do Jacuí pode demorar até uma semana. "O pior cenário é quando o pico dos dois chega ao mesmo tempo. Foi o que causou a grande cheia de 2024", explica.

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Atualmente, ao menos quatro rios estão acima da cota de inundação no estado. Outros três ultrapassaram a cota de alerta. Além disso, o vento também influencia no nível da água. "O vento sul forte na Laguna dos Patos diminuiu a vazão do Guaíba, represou a água e provocou uma elevação de quase 30 centímetros em poucas horas", afirma Fan.

Diante do risco, a Prefeitura de Porto Alegre fechou as comportas do Cais Mauá e reforçou as barreiras com sacos de areia e argila. Enquanto as ações de contenção avançam, muitos moradores seguem isolados. A aposentada Irene Silva da Rosa, da Ilha dos Marinheiros, conta que não consegue mais chegar em casa a pé. "Agora, só de barco."

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