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Brasil

Com alta nos casos de covid-19, disponibilidade de vacinas preocupa

Mesmo com menos risco de morte, a luta contra a doença continua com desafios na disponibilidade de imunizantes

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Primeiras doses vacina atualizada da covid
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Os casos de covid-19 estão crescendo em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, porém, com menos risco de morte em relação ao período agudo da pandemia. A vacina ainda é o principal meio de combate à doença, mas nem sempre está disponível.

Elis, de apenas 4 anos de idade, esbanja saúde, já tomou duas doses da vacina contra a covid-19 e precisa seguir se imunizando. A irmãzinha de 6 meses ainda não tomou nenhuma. Nos últimos dias, a mãe procurou a vacina nos postos de saúde, mas não teve sucesso e recebeu uma recomendação.

"Eles falam pra continuar ligando na UBS, mesmo indo lá, aí tem que ser uma coisa todo o dia, quer dizer, quem tem tempo de ir todo o dia na UBS?", diz Grazi Massoneto, mãe e estudante de pedagogia.

Desde janeiro deste ano, a vacina contra a covid-19 está no Programa Nacional de Imunizações. A recomendação do Ministério da Saúde é que as doses sejam aplicadas, prioritariamente, em crianças de 6 meses a 5 anos incompletos e nos grupos de risco, como os idosos. O problema é que nem sempre essas doses são encontradas.

A Prefeitura de São Paulo informou que recebeu mais de 32 mil doses (32.460) na semana passada e que aguarda novos repasses do Ministério da Saúde. Mas não esclareceu se o último lote é suficiente para atender a demanda. Em Porto Alegre, a Secretaria da Saúde admitiu falta de vacinas para menores de 12 anos. O mesmo ocorre na capital do Pará.

A infectologista Andrea Almeida, do hospital Servidor Público de São Paulo, faz um alerta sobre o atraso na imunização: "já tem vários estudos mostrando que tanto a doença covid, como a vacinação, a proteção é muito curta, normalmente em seis meses a gente já perde a proteção contra a doença e aí já fica suscetível à doença novamente".

A preocupação aumenta com o novo alerta feito pela Organização Mundial de Saúde. Na Europa, os casos de covid aumentaram 51% até julho. Nos Estados Unidos, 18%, e no Brasil, houve mais de 9 mil ocorrências, uma alta de 136%, com 107 mortes, apenas na semana de 4 a 10 de agosto. Embora as novas cepas do vírus sejam menos letais que as anteriores, os números mostram a importância de se proteger, principalmente, nos grupos de risco.

"Você impede uma ventilação adequada e abre caminho para uma infecção bacteriana, e esse sim é o grande perigo. Tem que tomar cuidado, como se fosse uma gripe num velhinho, tem que prevenir pneumonia", afirma o imunologista Roberto Zeballos.

"A globalização, a viagem, as idas e vindas das pessoas, não tem jeito, então as cepas vão caminhar com a circulação das pessoas", alerta a infectologista Andrea Almeida.

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