Chuvas no RS: Barragem 14 de Julho se rompe, confirma governador
Estrutura, que fica na bacia dos rios das Antas e Taquari, colapsou do lado direito
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou o rompimento parcial da barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na tarde desta quinta-feira (2). Esse é mais um dos estragos causados pelas fortes chuvas que atingem o estado desde a última segunda-feira (29).
A estrutura, que fica na bacia dos rios das Antas e Taquari, colapsou em seu lado direito. Segundo Leite, o governo sabia da ameaça desde ontem (1º) e realizou alertas e evacuação dos moradores da região.
Ainda de acordo com o governador, o efeito não será de devastação, mas haverá um aumento do nível do rio.
"Recebemos informação do rompimento da ombreira direita da barragem. O município de Cotiporã é bacia do Taquari e Antas. A informação que eu tenho é que, como o nível antes e depois da barragem era muito próximo, não vai ser uma devastação. Esse rompimento vai ter um efeito de resposta hidrológica, ou seja, de elevação do nível do rio", afirmou em um vídeo no Instagram.
Segundo a Ceran (Companhia Energética Rio das Antas), outras duas barragens estão em estado de atenção e seguem sendo monitoradas: Monte Claro e Castro Alves.
Leite disse ainda que as condições climáticas não têm permitido que helicópteros acessem a localidade. O governador pediu para que os moradores das áreas próximas tentem ao máximo ficar em locais acima do nível do rio.
A Defesa Civil estadual está, junto das forças de segurança, retirando as famílias de áreas de risco que ainda permaneciam nesses locais. A orientação expressa do órgão é que os moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do rio Taquari.
Mortos e desaparecidos
A Defesa Civil estadual confirma a morte de 13 pessoas em decorrência dos temporais. Outras 21 estão desaparecidas, diz o órgão. Uma nova atualização sobre esses números será realizada às 18h desta quinta.
Autoridades locais, como a Brigada Militar (BM), o Corpo de Bombeiros e prefeituras estão contabilizando ainda mais vítimas.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, mais de 14,5 mil pessoas estão fora de suas casas. 4.599 pessoas estão desabrigadas e outras 9.993 estão desalojadas.
147 municípios já foram afetados pelas fortes chuvas, que causaram descargas elétricas, interrupções de estradas por queda de barreiras, alagamentos e transbordamento de córregos, arroios e rios em diversas cidades.