Sobe para 13 o número de mortos após fortes chuvas no RS
21 pessoas seguem desaparecidas e mais de 14,5 mil estão fora de suas casas; governo decretou estado de calamidade pública
Subiu para 13 o número de mortos após as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29). 21 pessoas seguem desaparecidas. Os dados foram atualizados pela Defesa Civil estadual às 12h desta quinta-feira (2).
Segundo o órgão, os óbitos foram registrados em Encantado (1), Itaara (1), Pantano Grande (1), Paverama (2), Salvador do Sul (2), Santa Cruz do Sul (1), Santa Maria (3), São João do Polêsine (1) e Segredo (1).
147 municípios já foram afetados pela intensidade dos temporais, que causou descargas elétricas, interrupções de estradas por queda de barreiras, alagamentos e transbordamento de córregos, arroios e rios em diversas cidades. O governo decretou estado de calamidade pública na noite de quarta-feira (1º).
Ainda de acordo com a Defesa Civil, mais de 14,5 mil pessoas estão fora de suas casas. 4.599 pessoas estão desabrigadas e outras 9.993 estão desalojadas.
Desalojados são aqueles que, durante o temporal, abandonaram suas casas e se deslocaram para a casa de um parente ou amigo. Já o desabrigado é a pessoa que precisa de abrigo público, por causa dos danos causados ao seu imóvel.
Visita de Lula
Em meio ao cenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao estado na manhã desta quinta, junto a uma comitiva, para avaliar a situação no Rio Grande do Sul. O chefe de Estado sobrevoou as áreas mais afetadas pelas chuvas e se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) e outras autoridades estaduais.
"O gesto é muito bem-vindo neste momento de dificuldade. Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos das Forças Armadas", disse Leite.