Censo Superior 2023: 67% dos professores em formação estudaram à distância em 2023
Brasil conta com 24,6 milhões de vagas em cursos de graduação, 77% em modalidades virtuais
Os dados do Censo da Educação Superior 2023, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira (3), revelam que 67% dos estudantes de cursos de licenciatura estudaram na modalidade de Ensino a Distância (EAD). O índice acendeu um alerta ao MEC, que formatou neste ano uma nova política de diretrizes para cursos de formação de professores.
O levantamento aponta ainda que o EAD domina a maioria das vagas em todas as modalidades de ensino superior, técnico e de institutos de formação. No ano passado, 3,31 milhões de novos alunos se matricularam no EAD. O número é quase o dobro dos matriculados em cursos presenciais, 1,67 milhão.
A oferta de cursos remotos saltou 15% de 2022 para 2023, e agora totaliza 10.554, o maior da série histórica. O crescimento acumulado nos últimos sete anos foi de 400%.
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Ranking de cursos Ead
O Inep destacou os cursos de formação de professores com maior adesão. Pedagogia tem o maior número de matrículas entre licenciaturas, com 852.334 novos inscritos no ano passado. Veja:
- Pedagogia
- Educação física
- História
- Matemática
- Letras português
- Biologia
- Geografia
- Letras português-inglês
- Química
- Letras inglês
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Outros dados do Censo da Educação Superior 2023
- Vagas disponíveis: O Brasil conta com 24,6 milhões de vagas em cursos de graduação, 77% em modalidades virtuais.
- Instituições: Existem 2.580 instituições oferecendo cursos de graduação, das quais 2.264 são privadas e 316 são públicas.
- Em 2023, 172.287 novos alunos usaram o Fies e 403.735 novos alunos usaram o Prouni.
- 53% das matriculas são em bacharelado, 30% em licenciatura e 17% em tecnológico.
- Um a cada cinco jovens, entre 18 a 24 anos, não frequenta e/ou não concluiu o ensino médio.
Durante a apresentação do Censo, o ministro da Educação substituto, Leonardo Barchini, falou sobre a importância da infraestrutura tecnológica da modalidade de ensino e o suporte necessário para que todos os alunos tenham acesso a educação superior. O desafio, porém, está na qualidade do ensino e no equilíbrio da expansão do EAD, de acordo com o ministro.