Ministros do STF atribuem a Lula, empresários e banqueiros saída de Moraes da Magnitsky
Presidente, empresário e banqueiro conversaram com Trump e representantes do governo norte-americano


Cézar Feitoza
Guilherme Seto
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) têm dado o crédito da retirada de Alexandre de Moraes das sanções da Lei Magnitsky a uma articulação conjunta entre o presidente Lula (PT), empresários e banqueiros brasileiros com acesso ao governo Donald Trump.
Lula é quem tem recebido o principal crédito pela queda das sanções contra Alexandre e sua esposa Viviane Barci de Moraes, por ter tratado do assunto diretamente com Trump.
O presidente conversou com Trump no início de dezembro. O presidente americano perguntou se a retirada das sanções contra Moraes seriam importantes para o presidente brasileiro.
"Ele [Trump] perguntou: ‘É bom para você?’ Eu falei: ‘Não é bom para mim, é bom para o Brasil e é bom para a democracia brasileira’", disse Lula em discurso durante o evento de lançamento do SBT News.
As sanções contra Alexandre de Moraes e sua esposa foram retiradas pelo governo americano na sexta-feira (12).
Moraes minimiza impactos das sanções
Em conversas com interlocutores, Moraes costuma dizer que as sanções da Lei Magnitsky pouco mudaram sua rotina. Ele teve cartões de crédito de bandeira americana bloqueados. Em troca, recebeu da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, um cartão de bandeira Elo.
Segundo relatos feitos sob reserva, o ministro diz que demorou para habilitar o cartão do Banco do Brasil, fazendo seus pagamentos via Pix. Quando finalmente decidiu usá-lo, o aplicativo informava que o cartão estava bloqueado.
Moraes chegou a pensar que a restrição era resultado das sanções americanas. A resposta que recebeu dos dirigentes do BB, porém, foi de que o cartão é inutilizado se não for habilitado até dez dias após seu recebimento, por questões de segurança.
O ministro até hoje usa o cartão Elo, que é brasileiro e, por isso, não está sujeito às sanções da Lei Magnitsky.
Difundidas nas redes sociais por críticos do ministro ligados ao bolsonarismo, as expectativas de que ele fosse impedido de utilizar aplicativos de streaming, como Netflix e Amazon Prime, ou sistemas operacionais, como Windows ou Apple, não se concretizaram.









