Retirada da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes repercute na imprensa internacional
Donald Trump revogou nessa sexta-feira (12) as sanções impostas ao ministro e à sua esposa, Viviane Barci de Moraes

Gabriela Vieira
A decisão de Donald Trump em revogar a Lei Magnitsky aplicada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi destaque em alguns dos principais jornais do mundo.
O norte-americano Washington Post destacou que a decisão representa um recuo na relação tensa entre os dois governos, em meio a uma série de negociações de Lula (PT) com Donald Trump.
O The Guardian, jornal britânico, relembrou que Moraes estava sancionado, desde julho, pela Lei Magnitsky, usada contra indivíduos acusados de violar os direitos humanos.
"A decisão é um grande revés para [Jair] Bolsonaro e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro, que deixou seu cargo no Brasil para fazer lobby em Washington por medidas punitivas contra o que chama de 'perseguição' ao pai", escreveu o Guardian.
O Financial Times afirmou que a medida dos Estados Unidos representa um esforço para "reconstruir pontes" com o Brasil. "Medida ajuda a abrir caminho para a aproximação das relações entre os EUA e o Brasil após uma crise no início do ano", acrescentou.
Enquanto a Bloomberg seguiu na mesma linha dos jornais e escreveu que a decisão é um recuo "na luta que Donald Trump travou com o Brasil e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva". O jornal também citou o tarifaço, taxas que, segundo o portal, foram elevadas com o intuito de pressionar o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado.
Entenda
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou nessa sexta-feira (12) as sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes e à sua esposa, Viviane Barci de Moraes, com base na Lei Magnitsky. A decisão retira o casal da lista de restrições mantida pelo governo norte-americano.
As sanções foram anunciadas em julho, quando Trump aplicou as sanções alegando que o magistrado teria atuado como "juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal” contra cidadãos e empresas brasileiras e americanas.









