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Caso Bernardo: Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho em 2023, perde o registro profissional

Médico também foi demitido do Hospital Universitário de Santa Maria; CFM avalia que Boldrini feriu código de ética da profissão

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Caso Bernardo: Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho em 2023, perde o registro profissional | Foto: Reprodução
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu, na sexta-feira (14), cassar o registro médico de Leandro Boldrini, condenado em março de 2023 pela morte do filho Bernardo, de 11 anos.

Logo após o veredito do CFM, Boldrini foi demitido do programa de residência médica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Ele foi aprovado para a bolsa em março do ano passado e atuava na área de Cirurgia do Trauma.

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A decisão, assinada pelo presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran da Silva Gallo, assegura que o médico feriu o código de ética da profissão ao violar os artigos 25 e 30 do documento publicado em 2009, que apontam que o profissional da saúde não pode deixar de denunciar tortura, bem como praticar, ou ser conivente com quem as realizem, além de não poder utilizar da profissão para cometer ou favorecer crimes.

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O julgamento do CFM contraria a decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), que em novembro de 2023, pouco mais de oito meses após a condenação pelo crime, absolveu Boldrini de forma unânime em um processo disciplinar interno do grupo, o que lhe permitiu continuar exercendo a profissão. Contudo, o Ministério Público apresentou recurso e pediu ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para ser incluído no processo.

Conselho Federal de Medicina (CFM) decide pela cassação do registro médico de Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho | Foto: Reprodução
Conselho Federal de Medicina (CFM) decide pela cassação do registro médico de Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho | Foto: Reprodução

Relembre o crime

Leandro Boldrini foi acusado pela morte do filho Bernardo, de 11 anos, em abril de 2014. O garoto foi dopado com um sedativo, receitado pelo pai.

Segundo a promotoria, a motivação para o assassinato foi a herança deixada pela mãe de Bernardo, que morreu em 2010. Além disso, pai e madrasta consideravam o menino um estorvo para o relacionamento da nova família. Os maus-tratos sofridos pelo garoto chocaram a comunidade de Três Passos.

Também foram condenados a madrasta do menino, Graciele Ugulini, a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão da amiga, Evandro Wirganovicz.

Boldrini foi condenado em março de 2023, a 31 anos e 8 meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele cumpre pena no regime semi-aberto.

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