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Brasil enfrenta risco de colapso logístico com baixa de caminhoneiros

Categoria envelhece, habilitações despencam e 93% das empresas têm dificuldade para contratar novos motoristas

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O Brasil depende das rodovias: 65% de todas as cargas do país circulam por estradas. Mas, por trás do fluxo intenso de caminhões, cresce uma ameaça silenciosa, a falta de motoristas. O setor já enxerga no horizonte o risco de um colapso no abastecimento logístico por falta de mão de obra.

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Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito, o número de pessoas autorizadas a dirigir caminhão caiu 62,89% na última década. Apenas 4% têm menos de 30 anos. A categoria envelhece rápido, e poucos jovens demonstram interesse em substituir os profissionais que estão deixando a estrada.

O diagnóstico é quase unânime: 93% das empresas de transporte relatam dificuldade para contratar novos motoristas. O desafio, apontam especialistas, é duplo — reter os profissionais experientes e qualificar os poucos jovens que ainda apostam na profissão.

“Tem bastante gente procurando vaga de motorista rodoviário, porém muitos ainda não estão qualificados. Isso é preocupante, porque já existe falta de profissionais no mercado, e todas as empresas de transporte hoje buscam motoristas capacitados”, afirma Eduardo Rebuzzi.

Para tentar conter a crise, transportadoras investem em programas de valorização e formação profissional. Entre os fatores que explicam o esvaziamento da categoria estão a falta de infraestrutura, as longas jornadas e o medo de assaltos.

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos mostra que 68% dos motoristas afirmam que o piso mínimo do frete nunca ou raramente é respeitado, o que desestimula novos profissionais. Mesmo com caminhões cada vez mais modernos e seguros, a infraestrutura rodoviária do país segue defasada.

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