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Após decisão do Supremo, Ministério da Justiça proíbe que bets façam publicidade voltada para menores

Documento visa impor restrições para combater o superendividamento e proteger consumidores vulneráveis

Após decisão do Supremo, Ministério da Justiça proíbe que bets façam publicidade voltada para menores
Após decisão do Supremo, Ministério da Justiça proíbe que bets façam publicidade voltada para menores | Reprodução/Agência Brasil
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) proibiu a publicidade das chamadas "bets" voltadas para menores de idade. O despacho foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (19).

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O documento visa monitorar a publicidade de empresas de apostas e impor restrições para combater o superendividamento e proteger consumidores vulneráveis, como crianças e adolescentes.

Entre as medidas cautelares, o despacho destaca a suspensão de publicidades que oferecem bonificações ou vantagens antecipadas para incentivar as apostas. Além disso, a divulgação de bets para menores de idade está proibida em todo território nacional. As empresas de apostas online têm até 20 dias (contados a partir da ciência da decisão cautelar) para apresentarem um relatório de transparência sobre as medidas adotadas para o cumprimento das suspensões de publicidade para crianças e adolescentes.

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A desobediência à decisão do ministério pode acarretar em punição aos sites de apostas.

"O descumprimento de quaisquer das medidas elencadas sujeita as interessadas à imposição de multa diária no montante de R$ 50 mil pelo descumprimento, que incidirá até o cumprimento integral da medida", diz o documento.

STF confirma decisão

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, por unanimidade, a decisão liminar do ministro Luiz Fux, que suspendeu em todo território nacional a publicidade em sites de aposta online em que os alvos fossem crianças e adolescentes.

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Na decisão liminar, Fux destacou os impactos negativos das práticas de jogos online na saúde mental dos menores e no orçamento de famílias em situação de vulnerabilidade econômica.

"As manifestações realizadas pelos diferentes atores na audiência pública apresentaram evidências dos relevantes e deletérios impactos atualmente em curso (i) da publicidade de apostas na saúde mental de crianças e adolescentes, e (ii) das apostas nos orçamentos familiares, particularmente de pessoas beneficiárias de programas sociais e assistenciais, configurando, portanto o fumus boni iuris da alegação de proteção insuficiente conferida pela Lei n. 14.790/2023", declara.

O cenário atual, segundo o ministro, justifica intervenções imediatas para aliviar os efeitos nocivos das apostas online.

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