94% dos brasileiros já sentiram algum efeito das mudanças climáticas, aponta pesquisa
Ondas de calor mais intensas e secas mais prolongadas estão entre as percepções mais citadas
SBT News
Pelo menos um efeito de mudança climática já foi sentido por 94% dos brasileiros nas regiões onde vivem. O dado faz parte de uma pesquisa da Quaest, divulgada nesta terça-feira (11). Outros 3% dos entrevistados disseram que nunca sentiram mudanças e 3% não souberam ou não responderam.
Entre as mudanças mais sentidas estão as ondas de calor mais intensas que o normal (69% dos entrevistados), as secas mais prolongadas (42%), mudança no padrão das estações do ano (35%), geadas ou ondas de frio mais intensos (34%), incêndios florestais mais intensos (32%) e chuvas mais intensas (32%).
Sobre a mudança no padrão das estações do ano, os grupos que mais sentem são de 60 anos ou mais (46%), mulheres (38%) e na região Sudeste (41%) do país. Já as secas mais prolongadas são sentidas por mais por moradores da região Centro-Oeste (48%).
As geadas ou ondas de frio mais intensas foram sentidas mais na região Sul (59%), sendo maior entre as mulheres (38%) e pessoas com mais de 60 anos (43%).
+ Inmet emite alerta de chuvas intensas no Sul, Norte, Centro-Oeste e Sudeste; veja em quais estados
+ Entenda por que modelo de transição energética pode ser injusto com países subdesenvolvidos
De quem é a culpa?
Os brasileiros entrevistados disseram ter preocupação (33%) ou muita preocupação (44%) com as mudanças climáticas. A maioria (84%) responsabiliza diretamente os setores produtivos pelas alterações sentidas, como indústrias, fábricas, setores do agronegócio, mineração, transporte e energia não renovável, construção civil entre outros.
Regiões e escolaridade
Entre as regiões, 95% dos brasileiros do Sudeste, Centro-Oeste e Sul relataram sentir as mudanças climáticas, seguidas por 93% do Nordeste e 88% do Norte. Em relação à escolaridade, a percepção ocorre em todos os grupos, mas é maior entre estudantes do Ensino Médio.
A pesquisa foi realizada de 3 a 16 de julho de 2025 com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
