Mauro Cid tem movimentação financeira "atípica" de R$ 3,2 milhões, diz Coaf
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde maio, acusado de fraude em cartões de vacinação
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve movimentação "atípica" e "incompatível com o patrimônio" de R$ 3,2 milhões entre 26 de junho de 2022 e 23 de janeiro de 2023. A informação é do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e foi noticiada pelo jornal O Globo.
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Preso desde 3 de maio em Brasília, acusado de fraude em cartões de vacinação do ex-presidente e de familiares, Cid também é investigado pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro por mensagens de teor golpista encontradas em seu celular.
Segundo documento do Coaf ao qual O Globo teve acesso, o militar movimentou R$ 1,8 milhão em créditos e R$ 1,4 milhão em débitos. Chamou a atenção do órgão remessa de R$ 367.374 enviada para os Estados Unidos, em 12 de janeiro, quando ele e Bolsonaro estavam no país norte-americano.
Conforme o órgão, essa movimentação "poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de dinheiro" e ter "indícios de lavagem de dinheiro.
O advogado Bernardo Fenelon, que integra a defesa de Cid, disse em nota que "todas as movimentações financeiras do tenente-coronel Mauro Cid, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal".
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