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"Imagens vão complementar provas orais", diz Dino sobre hostilidade a Moraes

Expectativa é que Polícia Federal receba imagens do ocorrido até o fim desta semana

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Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública (SBT)
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que imagens das hostilidades de três brasileiros ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e família devem chegar ainda nesta semana às autoridades brasileiras.

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"Nós temos, por parte da Polícia Federal, plausibilidade e verossimilhança daquilo que o ministro narrou. As imagens vão complementar as provas orais, com isso definindo o esclarecimento definitivo dos fatos", disse Dino, em entrevista à jornalista do SBT Nathalia Fruet.

Dino ainda afirmou que o crime pode ser tipificado como ataque ao estado democrático de direito. "A PF fará esta análise à luz dos fatos. Em tese, pode haver crime contra a honra, injúria ou difamação. E crime contra o estado democrático de direito, numa tentativa de restringir o exercício do poder", explicou o ministro.

"É importante consignar que a ofensa não foi ao Alexandre pessoa física. Há a ideia de que ele estaria agindo mal como ministro do Supremo. O crime se refere à atuação dele como agente público federal, portanto há interesse de toda a sociedade. Precisamos que juízes tenham segurança, tranquilidade para agir", completou Dino.

O ministro da Justiça ainda classificou esse tipo de ataque como "antipatriótico". "Conspira contra a imagem do Brasil. A gente precisa entender que quando você pensa diferente, a Constituição prevê canais pelos quais seu pensamento pode ser exposto legitimamente. Mas incitação à prática de crime ou mesmo o cometimento de crime, mesmo que contra a honra, ultrapassa a esfera legítima e a atuação do pluralismo político", disse Dino. 

Relembre o caso

Na última 6ª feira (14.jul), Moraes e família voltavam da Itália para o Brasil após uma série de palestras do ministro no país europeu. Três pessoas abordaram Moraes e família no Aeroporto Internacional Fiumicino, em Roma: o empresário Roberto Mantovani, a mulher dele, Andreia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta Bignotto.

A mulher teria iniciado as agressões verbais, xingando o ministro de "bandido, comunista e comprado". Em seguida os dois homens passaram a hostilizar o ministro e sua família. Mantovani teria dado um tapa no rosto do filho de Moraes. Os três moram em Santa Barbara d'Oeste, em São Paulo. 

Eles foram abordados por agentes da Polícia Federal ao desembarcarem no Aeroporto de Guarulhos na manhã de sábado (15.jul). Um inquérito para investigar o ocorrido foi instaurado pela PF.

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