Brasil

Primeiro semestre de 2023 tem alta nos focos de calor na Amazônia

Mais de 8 mil pontos foram registrados no período; Mato Grosso lidera ranking

Imagem da noticia Primeiro semestre de 2023 tem alta nos focos de calor na Amazônia
Fogo é usado no processo de desmatamento, para finalizar a mudança do uso do solo | Greenpeace
• Atualizado em
SBT News Logo

Siga o SBT News no Google Discover e fique por dentro das últimas notícias.

Siga no Google Discover

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontaram que, no primeiro semestre do ano, foram registrados 8.344 focos de calor na Amazônia. O número representa um aumento de 10,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, além de simbolizar o maior acumulado desde 2019.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Os estados que mais contribuíram para o aumento foram Mato Grosso, com 4.569 (55% do total) e Pará, com 1.482 (18%). O estado de Roraima também compõe o ranking, com 1.261 (15%), apresentando o maior crescimento de focos de calor no primeiro semestre deste ano, com mais de 100% de aumento em relação a 2022.

A alta foi impulsionada principalmente pelo resultado de junho, quando foram registrados 3.075 focos de calor (36% do total), sendo o maior número para o mês desde 2007. 

Segundo Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, o número chama atenção, uma vez que o primeiro semestre é caracterizado pelo inverno amazônico, quando há muita chuva. Ele explica que o fogo na Amazônia é geralmente criminoso e relacionado ao desmatamento, para "finalizar" o processo de conversão do uso do solo.

+ AIEA autoriza Japão a despejar água contaminada da usina Fukushima no oceano

"É importante lembrar também que, infelizmente, devemos ver esses números aumentarem vertiginosamente nos próximos meses, pois está começando o verão amazônico - período mais seco e quente, que vai exigir ainda mais trabalho e ação coordenada entre governo federal e estaduais para evitar que se repitam os recordes vistos nos anos do governo anterior, cuja política era claramente antiambiental", diz Batista.

Últimas Notícias