Após decreto de falência, Livraria Cultura fecha loja do Conjunto Nacional em SP
Rede vem enfrentando crise financeira desde 2015 e não conseguiu cumprir exigências da recuperação judicial
A loja da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, uma das mais tradicionais na capital paulista, fechou as portas definitivamente na noite de 2ª feira (26.jun). A ação aconteceu devido à confirmação do decreto de falência pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, emitido após a Corte derrubar a liminar solicitada pela empresa para revisar o processo.
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A Livraria Cultura vem enfrentando problemas financeiros desde 2015, quando houve um forte encolhimento do mercado editorial. A rede já esteve presente em mais de 16 cidades do Brasil, mas precisou fechar a maioria das lojas devido à dívida de R$ 285 milhões. Em 2018, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, aceito em 2019.
No início de fevereiro, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Livraria Cultura, alegando que a empresa não estava cumprindo com o plano de recuperação judicial. Na decisão, o juiz Ralpho Monteiro afirmou que a rede deixou, por exemplo, dívidas trabalhistas em aberto e que não estava demonstrando condições de se recuperar.
Desde a decisão, funcionários já vinham empacotando e retirando livros da loja do Conjunto Nacional. Poucos dias depois, no entanto, a Justiça acatou o recurso protocolado pela rede, suspendendo a ação de falência. A notícia foi recebida com alegria pela empresa, que se comprometeu a desempenhar a recuperação e expansão da rede.
Já em maio, o juiz Franco de Godoi alegou que não há dúvida de que a inviabilidade econômica do grupo é patente, o que impõe a manutenção da sentença e revogação da liminar recursal. "A falência da agravante, diante do global inadimplemento do plano de recuperação, tem como objetivo proteger o mercado e a sociedade", disse.
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Inaugurada em 1974 por Eva Herz, a loja do Conjunto Nacional, localizada na Avenida Paulista, era uma das mais populares no centro da capital paulista. Pelas redes sociais, internautas lamentaram o fechamento da loja, dizendo que "uma parte da história está sendo apagada".
