SP: jovem de 19 anos morre após ser espancada pelo namorado
Ele já havia sido condenado, em 2019, por agredir uma ex-companheira e estava solto por bom comportamento
SBT News
Uma jovem de 19 anos morreu após ser espancada pelo namorado, na região metropolitana de São Paulo. O corpo de Bruna Ladislau Barbosa foi enterrado nesta 3ª feira (23.mai).
O suspeito, Michael Francis Risse dos Santos, de 35 anos, está sendo procurado pela polícia. Ele fugiu depois de deixar a vítima, ferida, em um hospital em Osasco, na Grande São Paulo.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O agressor chegou a tentar enganar a família da jovem. "Ele foi até minha casa, falando que ela tinha sofrido um assalto, e que ele socorreu ela, que estava no meio da rua", conta a mãe de Bruna, Márcia Ladislau.
Os familiares, porém, já desconfiavam que alguma coisa estava errada no relacionamento deles. "Toda vez que a mãe dela ligava, ele estava do lado, talvez pressionando ela a não falar a verdade", lembra o tio da jovem, Aldemar Barbosa.
A polícia ainda não sabe onde Bruna foi espancada, mas suspeita que o crime tenha acontecido na casa onde os dois moravam, em Itapevi, também na Grande São Paulo.
O atestado de óbito concluiu que a vítima sofreu hemorragia interna aguda, politraumatismo e agressões com objetos contundentes. "Outro fator evidente, e que acaba levando a autoria para ele, é o fato dos vizinhos, pedreiros que faziam obra ali na casa dele, terem falado que ouviram ele espancando a moça", acrescenta a delegada responsável pelo caso, Francine Imene Ibrahin.
Bruna não foi a primeira vítima de Michael. Ele já havia sido condenado a mais de 5 anos de prisão por ter espancado outra namorada, em 2019. Ele não cumpriu a pena toda e foi solto pela Justiça por "bom comportamento".
A morte da jovem vai ser investigada pela mesma Delegacia de Defesa da Mulher que prendeu Michael, há 4 anos. "Mostra o quanto as pessoas não se intrometem quando deveriam. Aquilo de 'não meter a colher' é ao contrário. Tem que 'meter a colher', tem que comunicar as autoridades, vir na delegacia, ligar no Disque 100, no 190, onde tiver a possibilidade, mas tem que comunicar", pondera a delegada.
Leia também: