EUA acusa África do Sul de enviar armas e munição à Rússia
Presidente sul-africano afirmou que as autoridades do país investigam o caso
Sérgio Utsch
Os Estados Unidos acusaram a África do Sul de fornecer armas e munição, secretamente, à Rússia. O presidente sul-africano admitiu que as autoridades do país estão investigando o caso.
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Após a acusação dos EUA, os países aliados à Ucrânia pressionam a África do Sul, que faz parte do BRICS -- grupo que ainda inclui Brasil, Rússia, Índia e China. Um navio russo ficou três dias ancorado em uma base militar na Cidade do Cabo.
Pressionado pela oposição, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa limitou-se a dizer que o caso está sendo investigado. Já o embaixador dos Estados Unidos no país diz que "aposta a própria vida" que as armas foram entregues, enquanto governos, como o alemão, prometeram ser duros com países que ajudarem a armar os russos.
Nas trincheiras da guerra, imagens mostram um soldado russo encarando um drone ucraniano, prestes a lançar um explosivo. Ele sinaliza que quer se render. Minutos depois, recebe um papel com instruções sobre como fazer isso, mas também é monitorado por um outro drone, controlado pelos russos, que tentam eliminar o desertor. Após um tempo, o solado consegue chegar à trincheira inimiga, onde se entrega aos ucranianos. Apesar das imagens não poderem ser verificadas, elas foram intensamente compartilhadas na Ucrânia, reportadas na mídia do país e no restante da Europa. Ele não teria sido o primeiro a se render em uma guerra que também é de narrativas.
Já a Rússia nega o que sua milícia privada já havia admitido: o avanço ucraniano em Bakhmut. Segundo Kiev, essas imagens foram gravadas nesta operação.
Para alguns analistas, esse seria o começo da contra-ofensiva ucraniana, mas o país nega que ela tenha começado de fato.
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