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Bruno Krupp, que atropelou e matou adolescente, vai deixar prisão

Modelo conseguiu habeas corpus para liberdade provisória. Vítima tinha apenas 16 anos

Imagem da noticia Bruno Krupp, que atropelou e matou adolescente, vai deixar prisão
Montagem de fotos com homem branco com camisa marrom e, à direita, jovem de óculos e chapeu de palha sorrindo para a foto
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O modelo Bruno Krupp, responsável pelo atropelamento e morte do adolescente João Gabriel Cardin em julho do ano passado no Rio de Janeiro (RJ) conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pode deixar a prisão. 

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A Justiça concedeu o pedido de liberdade provisória na última 2ª feira (29.mar). O ministro Rogerio Schietti Cruz aceitou o argumento da defesa do modelo, que afirma que o cliente sofre "coação ilegal" do Tribunal de Justiça do Rio ao não analisar os pedidos de soltura "com atenção". A defesa de Krupp também alegou que o modelo deixou de ser réu em um processo de estelionato. 

Krupp está preso desde agosto do ano passado no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu. O alvará de soltura foi expedido. O acusado, porém, deverá cumprir medidas cautelares: não está autorizado a deixar o estado, deve se apresentar periodicamente à Justiça e usar tornozeleira eletrônica. 

O atropelamento 

O adolescente João Gabriel Cardin atravessava a avenida Lúcio Costa, na orla da praia da Barra da Tijuca. Ele estava na faixa de pedestres ao lado da mãe quando foi atingido pela moto. O modelo trafegava em altíssima velocidade e a moto não tinha placa. 

A vítima perdeu uma das pernas e, após ser socorrido, não resistiu aos graves ferimentos. João era filho único. Bruno Krupp era conhecido na região por moradores e comerciantes, que confirmaram que o modelo pilotava sempre em alta velocidade. O autor do crime foi arremessado após atropelar o adolescente e foi internado.  

A polícia afirma que, na hora do acidente, o modelo pilotava uma moto a cerca de 150 km/h, quando o limite permitido na via é de 60 km/h. Bruno não tem carteira de habilitação. Segundo o Detran, ele passou apenas na prova teórica. O laudo pericial apontou que Krupp não freou no momento do atropelamento. 

Três dias antes da tragédia, ele havia sido parado em uma blitz e se negou a fazer o teste do bafômetro, não apresentou a CNH e, segundo a polícia, a moto também estava sem placa. Mesmo assim, não foi apreendida.   

Outros casos envolvendo o modelo 

Krupp também chegou a ser investigado por estelionato e estupro. Aproximadamente 40 mulheres podem ter sido alvo do modelo, segundo uma das vítimas. O acusado também faria parte de um grupo de servidores fantasmas do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj).    

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