Resgate de Marcola foi plano inicial do grupo que queria matar autoridades
Afirmação é do promotor Lincoln Gakiya, um dos alvos da organização criminosa PCC
SBT News
Um dos alvos do grupo que planejava matar e sequestrar autoridades, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, afirmou que o plano inicial da facção criminosa era libertar Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Depois, é que surgiu o plano de retaliação para sequestro e assassinato de autoridades, que resultou na prisão de 9 pessoas nesta 4ª feira (22.mar).
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"O resgate do Marcola que era o "Plano A", e o "Plano B" eram atentados e o sequestro de autoridades para forçar ou a libertação do Marcola, ou a devolução dele para o sistema prisional paulista", disse em entrevista ao repórter Rubens Nakatu - do SBT Interior, de Araçatuba. Veja em vídeo:
O promotor faz parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo) de Presidente Prudente, no interior do estado, e investiga o Primeiro Comando da Capital (PCC) desde o começo dos anos 2000. Ele afirmou que as investigações devem continuar e vão revelar outros alvos. "Com certeza isso vai gerar outras investigações até que se chegue a outros agentes públicos, porque não era somente o ministro Moro e eu os alvos dessa facção", afirmou.
Segundo o promotor, a facção possui um setor responsável por assassinatos, o que ele nomeia como "departamentos de homicídios e assassinatos".
Em 2019, quando o senador Sergio Moro (União-PR) era ministro da Justiça e Segurança Pública, Gakiya foi o autor do pedido de transferência de 22 integrantes do PCC para presídios de segurança máxima, entre eles estava Marcola, o principal chefe da facção.
Devido ao seu trabalho investigativo, Lincoln Gakiya vive, há mais de dez anos, sob escolta policial 24 horas por dia, por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe.
*Estagiário sob a supervisão de Roseann Kennedy
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