Realidade aumentada mostra veleiro que encalhou há mais de 100 anos
Embarcação navegou e parou em praia de Santos, no litoral paulista
Vinícius Ramos
A caminhada na praia Embaré, em Santos, no litoral paulista, não é mais a mesma após moradores e turistas se depararem com um veleiro que encalhou há mais de 100 anos. A embarcação, de 80 metros de comprimento, não está literalmente no local, mas, sim, por meio da tecnologia de realidade aumentada.
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Os restos da estrutura de madeira e metal do veleiro inglês, que naufragou há 128 anos, é o ponto de apoio para que, com a ajuda do celular, possa ser vista em 3D e em tamanho real.
A ideia de levar o veleiro para a realidade aumentada surgiu de algo real e bem antigo: uma obra do pintor Benedito Calixto, que retratou o veleiro Krestel encalhado. Com isso, não foi necessário colocar uma placa indicativa ou uma referência ao quadro: uma ajuda da tecnologia "colocou" o próprio barco no local.
Segundo o prefeito de Santos, Rogério Santos, a previsão é usar a realidade aumentada em outros projetos, unindo história e tecnologia. Com o recurso, é possível conhecer a história apontando a câmera para o QR Code, acessar a página da prefeitura, habilitar a realidade aumentada e se posicionar no local indicado. É possível tirar fotos, como se a embarcação ali estivesse.
O espaço onde está o veleiro é um sítio arqueológico, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para Sérgio Willians, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, a tecnologia é uma forma de difundir a história e o passado de uma forma divertida, onde os olhos, também voltados para os navios que entram e saem do porto, sejam direcionados para uma imagem do passado, porém realista.