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Pedido de prisão de indígena bolsonarista partiu da PGR; entenda

Alexandre de Moraes, do STF, acolheu solicitação; Serere Xavante é acusado de atos antidemocráticos

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Pedido de prisão de indígena bolsonarista partiu da PGR; entenda
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Na 2ª feira, um grupo de manifestantes bolsonaristas tentou invadir a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para protestar contra a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante. A detenção temporária pelo prazo de 10 dias foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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Em nota, o STF informou que, segundo a PF, Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, como em frente ao Congresso Nacional e no Aeroporto Internacional de Brasília -- onde ele e um grupo de indígenas chegaram a invadir a área de embarque. O acusado também teria incitado atos em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos.

"A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", registrou a PGR no pedido de prisão temporária. 

Segundo a procuradoria, o indígena vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para incitar indígenas e não indígenas a cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

A solicitação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes. Ao examinar o pedido, o magistrado destacou que as condutas do investigado "se revestem de agudo grau de gravidade e revelam os riscos decorrentes da sua manutenção em liberdade, uma vez que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos".

"A restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação", afirmou Moraes. 

O indígena foi, então, encaminhado à sede da PF, onde a confusão foi iniciada. Bolsonaristas quebraram carros estacionados no local e ameaçaram invadir o edifício. Vídeos registraram atos de vandalismo e a ação da polícia. O grupo estava com pedaços de paus e pedras. 

Com a reação do grupo, a PM usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes e para acabar com os atos de vandalismo. A PF não confirmou ainda a prisão, nem se manifestou sobre as manifestações.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que reforçou a atuação das forças de segurança na região central de Brasília. Equipes táticas e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal estão nas imediações do hotel em que o presidente eleito Lula está hospedado.

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