Festival Internacional da Gaita celebra instrumento símbolo para gaúchos
Músicos da Argentina, Uruguai e Suíça se apresentaram no evento
Bruna Ostermann
Um Festival Internacional de Música, que acontece neste final de semana, em Barra do Ribeiro, no Rio Grande do Sul, celebra um instrumento que é um símbolo para os gaúchos.
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A maior parte do Brasil conhece como acordeon. No Nordeste, é chamado de sanfona. Porém, no Rio Grande do Sul, é gaita. O primeiro festival internacional do instrumento teve a participação de músicos da Suíça, Uruguai e Argentina.
Borghettinho, como é conhecido o idealizador e músico Renato Borghetti, ganhou a primeira gaita aos 13 anos. Um presente que mudou a vida dele. O festival é resultado de muitos anos dedicados à democratizar o acesso ao instrumento e incentivar jovens a conhece-lo.
A gaita é um instrumento caro, custando, no mínimo, R$ 3 mil. Há cerca de 12 anos, Borghetti percebeu que não bastava ter dinheiro. Não havia gaita, nem professor disponíveis, para despertar o interesse dos mais jovens. Daí surgiu a Fábrica de Gaiteiros. Um projeto social que produz os instumentos e ensina o aluno a tocar. "A ideia é que seja a ferramenta de cidadania [...], crianças melhoram o rendimento escolar, relação com a família", conta o músico.
Atualmente, 440 crianças são atendidas em 17 escolas espalhadas pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2023, mais duas serão abertas no Uruguai.
O festival é um presente para a dedicação de meninos e meninas que, além de se apresentarem, conhecem de perto outros músicos da área, mas, a maior inspiração está perto e se chama Renato Borghetti.
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