Tradição e animação marcam a festa da torcida sul-coreana em São Paulo
Imigrantes e descendentes se reuniram no bairro do Bom Retiro, reduto da comunidade coreana na capital paulista
José Luiz Filho
Nas fachadas do comércio, nomes em coreano. Nos restaurantes, sabores um tanto diferente. E nas calçadas, rostos com os traços de quem nasceu no país do Taekwondo. Pode parecer a descrição de um distrito de Seul... mas, na verdade, essas são característica de um dos bairros mais antigos da capital paulista.
A região, que já foi conhecida como o bairro judeu de São Paulo, se tornou, há anos, um reduto da comunidade coreana na cidade. É lá onde imigrantes e descendentes têm assistido aos jogos da seleção do país natal neste Mundial de futebol. E não foi diferente neste duelo contra o Brasil, pelas oitavas de final.
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Uma hora antes do apito inicial, já tinha bandeira no alto e muita animação, garantida por um grupo de "Samul nori", ritmo milenar coreano.
O ponto de encontro foi um shopping. No salão lotado, o vermelho e o verde e amarelo se misturavam. Divididos também estavam os sentimentos. "A Coreia está no sangue, mas o Brasil, no coração. [Vai dar Brasil ou Coreia?] Brasil!", afirmou a estilista Lídia Yun, cheia de otimismo.
Mas, quando a bola rolou, não demorou para o Brasil se impor sobre a seleção coreana, e empolgar até quem vestia vermelho. Veio então o segundo tempo e o Brasil não marcou mais. Até que o momento mais aguardado dos torcedores chegou: o gol da Coreia!
No final das contas, porém, não deu para a seleção sul-coreana: 4 a 1 para o Brasil. Resultado que acabou agradando de qualquer forma. "É Brasil no coração!"
Agora, toda essa torcida apaixonada e voraz desse pedacinho da Coreia em São Paulo será 100% Brasil. E, tomara, com a vitória no fim. Que venham os croatas!
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