Poeta amazonense Amadeu Thiago de Mello morre aos 95 anos
Ele defendeu por meio dos versos a Floresta Amazônica e enfrentou a ditadura militar
O poeta amazonense Amadeu Thiago de Mello faleceu, nesta 6ª feira (14.jan), aos 95 anos. Sendo um dos maiores nomes da poesia nacional, Thiago de Mello defendeu a Região Amazônica por meio dos seus versos e prosas, além de enfrentar a ditadura militar no Brasil.
Thiago de Mello nasceu em 30 de março de 1926 no município de Barreirinha, interior do estado do Amazonas. Ainda criança, mudou-se para Manaus e iniciou os estudos na capital amazonense. Dez anos depois, foi para o Rio de Janeiro e, em 1950, ingressou na Faculdade Nacional de Medicina. No entanto, a literatura foi a sua grande paixão e Thiago de Mello não concluiu o curso para seguir a carreira literária.
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Colaborou com veículos jornalísticos nos anos 50, trabalhou para o Palácio do Itamarati na Bolívia e depois no Chile, onde conheceu o poeta Pablo Neruda. Em 1965, voltou ao Brasil e depois de três anos passou a ser perseguido pela ditadura militar. Thiago retornou ao Chile e passou dez anos exilado. Voltou ao Brasil após a restauração da democracia.
Algumas das suas publicações mais famosas dão Silêncio e Palavra, de 1995, Faz escuro, mas eu canto, porque a manhã vai chegar, de 1965, e Estatutos do Homem de 1977.
"Para chegar até onde não me presumo, mas sou, sigo em forma de palavra" e "Somente sou quando em verso", são alguns trechos de suas obras eternizadas.
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