Governador de MG afirma que estado se tornou "cenário de guerra"
Romeu Zema deu 24 horas para as mineradoras apresentarem dados sobre o estado das barragens
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), descreveu a situação do estado, que vem sendo atingido por fortes chuvas, como "muito grave" e um "cenário de guerra". Ele afirma que o Governo Federal está apoiando, mas que toda a ajuda humanitária é de bom grado, pois muitas pessoas tiveram de deixar suas casas e estão dormindo em prédios públicos.
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Zema disse que, além dos 19 mortos em outras cidades, também considera os dez óbitos em Capitólio como vítimas das chuvas, pois, segundo ele, a perícia técnica deve mostrar que o acúmulo de água provocou fissuras, resultando na queda do paredão de pedras. De acordo com o governador, costumava frequentar com a família os Cânions de Furnas e o local é seguro. Além disso, pontua ele, os idosos moradores da região nunca fizeram queixas.
"A área do cânion está interditada, mas assim que esse trabalho geológico e técnico for concluído, nós queremos que o turismo nesse cânion seja restabelecido, mas de forma segura", pontuou Zema. Também em suas palavas, "com certeza será interditado quando houver chuva ou qualquer sinal de movimentação das pedras". "A partir de agora nós teremos mudanças no tratamento", completou em entrevista à Band.
O político do partido Novo acrescentou que o agravante do estado é a quantidade de barragens existentes e que, por isso, deu o prazo de um dia para as mineradoras responsáveis por 31 barragens fornecerem dados sobre as chuvas nos últimos dias e como está a drenagem de cada local. "Nós não podemos, de forma alguma, repetir o que aconteceu em Mariana e Brumadinho no passado", disse relembrando as tragédias nas duas cidades mineiras ocorridas, respectivamente, em 2015 e 2019.