SOS Mata Atlântica relata melhora na qualidade da água do rio Tietê
Há seis anos a água regular representava 59% das amostras, em 2021 corresponde a quase 68%
SBT Brasil
Os observadores da SOS Mata Atlântica retiraram amostras ao longo de quase 600 quilômetros do rio Tietê para medir a qualidade da água. Há seis anos a água regular representava 59% das amostras, em 2021 quase 68%. A água boa que representava 4% agora soma 11%.
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Quase 80% do trecho monitorado tem água regular ou boa, o que propicia a retomada de vida aquática e de diversos usos do rio para a agricultura, turismo e pesca.
"A gente tá com esperança de que o rio volte a ter esse renascimento. Mas a gente ainda tem um trabalho muito grande ainda pela frente para tornar o rio despoluído aqui na cidade de São Paulo também", afirma Gustavo Veronesi, coordenador da fundação.
Em São Paulo, o Tietê, que tem 1.100 quilômetros, divide as atenções com o rio Pinheiros. Um afluente que também é poluído, mas ostenta um cenário mais rico para os setores imobiliário, empresarial e financeiro.
O Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo Marcos Penido afirma não haver competição na despoluição dos dois locais. "Não existe esta dicotomia entre Pinheiros e Tietê, são juntos. O Pinheiros deságua no Tietê. Trabalhando no Pinheiros estamos trabalhando no Tietê", afirma.
Não há previsão para total despoluição do rio. São quase 30 anos de espera para que o principal rio dos paulistas tenha os seus dias de Tâmisa, em Londres e do Sena em Paris.