Brasil
Polícia do Rio investiga morte de mulher que fez lipoaspiração em casa
Procedimento foi realizado por médico que teve o registro de medicina cassado há 5 anos
Leo Santanna
• Atualizado em
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Passista da escola de samba Grande Rio fez procedimento cirúrgico em casa | Reprodução/SBT
A passista da escola de samba Grande Rio, Erika Cristina Santos Pereira, 41 anos, morreu no sábado (12.dez), após realizar uma lipoaspiração e uma cirurgia nos seios em casa com um médico que teve registro cassado há 5 anos.
Dias após o procedimento, Érika passou mal e foi para a UPA Beira Mar, também em Duque de Caxias. Segundo a equipe médica que atendeu a ocorrência, Erika teve um choque séptico, que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória, falecendo horas depois de entrar na unidade de saúde. O acusado pelo procedimento é o ex-médico Antônio Marchezan, que responde a 20 processos administrativos no Conselho Regional de Medicina e 34 inquéritos na Polícia Civil.
Em setembro do ano passado, o ex-médico chegou a ser preso em flagrante quando trabalhava em uma clínica clandestina, na zona norte do Rio de Janeiro. Após soltura, voltou a fazer cirurgias. "Ela fez sem eu saber. Porque, ela sabia que eu não aceitava mais que ela fizesse isso, porque ela não precisava. Ela não precisava mais fazer a operação", disse Scheila Pereira, mãe da vítima.
VÍDEO - Assista a reportagem do SBT Brasil sobre o caso
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica no Rio, Marcelo Daher, alerta para os riscos que vão além da escolha dos profissionais sem habilitação. "Ou o preço é muito baixo ou então o ambiente não é próprio. Para fazer uma operação tem que ter um ambiente hospitalar, uma clínica que tenha sido montada com este objetivo", explica.
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